Cada utente que entra pela porta da farmácia é uma oportunidade, uma verdadeira oportunidade de pôr em prática tudo aquilo que aprendemos e que está ao nosso alcance para atingirmos coisas boas nos dois sentidos. Por um lado, temos aqui a hipótese de iniciar uma investigação relativamente àquilo que o trouxe ao nosso encontro, o que se for feito da melhor maneira pode, em última instância, produzir resultados visíveis na saúde de quem temos à nossa frente. Por outro lado, temos ainda a hipótese de construir uma base de confiança e ajuda que o pode levar a procurar-nos futuramente quando perceber a importância da ‘investigação’ que fizemos e dos frutos que deu. Quantas vezes a pergunta “A medicação é para si?” ou “Quais são os sintomas que tem?” são um ponto de partida para um atendimento verdadeiramente completo, funcionando como desbloqueadores e deixando o utente à vontade para falar abertamente connosco?! Quantas vezes nos deparamos com uma cara de surpresa quando perguntamos: “Tem algum problema de saúde? Há alguma coisa que não possa tomar?” Até que ponto os utentes encontram um atendimento que revele foco e preocupação com ele, com os seus sintomas e problemas de saúde sempre que vão a uma farmácia? A avaliar pela estranheza com que recebem certas perguntas e informações diria que não é assim tão frequente como deveria ser. Um atendimento pró-activo e personalizado, e que priviligie uma forte comunicação, é sem sombra de dúvida, muito do que um utente precisa de encontrar quando vai à farmácia. Rita Marçalo, Farmacêutica na Farmácia Holon Campo Grande |