16 de Janeiro de 2015 A atividade gripal continuou alta, na segunda semana de janeiro, entre os dias 05 e 11, tal como a mortalidade por «todas as causas» se manteve acima do esperado, revela o Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, divulgado ontem. O boletim, elaborado semanalmente pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), refere, no entanto, que a taxa de incidência da síndrome gripal baixou ligeiramente, face à primeira semana, dos 127,7 casos para os 119,7 por cada cem mil habitantes, embora mantendo-se acima da «zona de atividade basal», segundo avançou a “Lusa”. No período analisado, e no que toca a internamentos hospitalares, foram admitidos seis novos casos de gripe nas 19 unidades de cuidados intensivos que reportaram a informação, o que corresponde a uma taxa de admissão por gripe de 3,0%, «superior à que foi estimada» para a primeira semana de janeiro. Segundo o boletim, foi identificado o vírus influenza B em quatro doentes e o influenza A em dois. Um dos pacientes com influenza B morreu. O INSA precisa que, dos seis novos doentes internados, cinco tinham doença crónica subjacente e, dos quatro que se conhece o estado vacinal, nenhum estava vacinado contra a gripe. O boletim adianta que, até à segunda semana de janeiro, foram analisados laboratorialmente 263 casos de síndrome gripal, tendo sido detetados 20 casos do vírus influenza do subtipo A (H3), «na sua maioria pertencentes ao grupo genético que inclui estirpes diferentes da estirpe vacinal 2014/2015». O vírus influenza B «continua a ser o predominantemente detetado desde o início da época de vigilância, totalizando 79% dos casos de gripe», assinala o mesmo relatório. O Sistema Nacional de Vigilância da Gripe foi ativado em outubro de 2014 e funcionará até maio de 2015. A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe é constituída por 16 unidades, na sua maioria de hospitais do continente e das regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Compete a esta rede assegurar a deteção e a caraterização dos vírus da gripe que estão na origem dos casos mais graves da doença. |