A Áustria entregou a Cabo Verde mil kits de medição e controlo de diabetes destinados a comunidades com pouco acesso a serviços de saúde, para controlar uma doença que, apesar da baixa prevalência, motiva vigilância.
O donativo vai beneficiar “lugares mais pobres e com menos acesso à saúde em Cabo Verde”, avançou, ontem, citado pela Lusa, o embaixador da Áustria residente em Lisboa e que abrange o arquipélago.
A parceria junta os governos dos dois países e uma empresa austríaca (Wellion) que fabrica medidores digitais dos níveis de glicose (açúcar) no sangue.
“A ideia é que, até ao Dia Mundial da Diabetes, a 14 de novembro, haja os primeiros resultados ou testemunhos dos diferentes locais” por onde o donativo vai ser distribuído, acrescentou.
A ação faz parte de um projeto intitulado “Diagnosticar para melhor tratar”.
A diretora nacional da Saúde de Cabo Verde, Ângela Gomes, referiu que o objetivo final é “criar em Cabo Verde um gabinete para doenças crónicas, não transmissíveis, onde também estará [sob seguimento] a diabetes”.
De acordo com os últimos dados, de 2022, a diabetes afeta 3,7% da população em Cabo Verde, um valor abaixo da média mundial, mas especialistas admitem preocupação com o efeito que problemas como obesidade e sedentarismo podem ter na evolução da doença no arquipélago.