“Um grande desenvolvimento para África”. O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou a criação da Fundação Africana de Tecnologia Farmacêutica, que contribuirá para o acesso às tecnologias de fabrico de medicamentos, vacinas e de outros produtos farmacêuticos em África, anunciou hoje a instituição.
O presidente do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, Akinwumi Adesina, afirmou, citado pela Lusa, que “África deve ter um sistema de defesa da saúde, que deve incluir três áreas principais: renovação da indústria farmacêutica africana, construção da capacidade de fabrico de vacinas e construção de infraestruturas de saúde de qualidade em África“. O responsável afirmou ainda que “África já não pode subcontratar a segurança dos seus 1,3 mil milhões de cidadãos à benevolência de outros”.
Segundo a instituição, a decisão é “um grande impulso” para as perspetivas de saúde de um continente que tem sido agredido pelo fardo de várias doenças e pandemias, como a covid-19, mas tendo uma capacidade muito limitada de produzir os seus próprios medicamentos e vacinas. África importa mais de 70% de todos os medicamentos de que necessita, gastando 14 mil milhões de dólares (13,2 mil milhões de euros) por ano.
Para a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala, a fundação “é um pensamento e uma ação inovadores do BAD que fornece parte das infraestruturas necessárias para assegurar uma indústria farmacêutica emergente em África”. A Fundação, que funcionará no Ruanda, reforçará o compromisso do BAD de investir pelo menos 3 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros) durante os próximos 10 anos para apoiar o setor farmacêutico e de fabrico de vacinas, no âmbito do seu Plano de Ação Farmacêutico “Vision 2030”.