Balanço 2024 / Perspetivas 2025: Nuno Flora, presidente da ADIFA 552

Nuno Flora, presidente executivo da Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA), faz, ao NETFARMA, um balanço do ano que está a terminar e revela as suas perspetivas para 2025.

 

2024

Nuno Flora faz “um balanço positivo” de 2024, pois foi um ano que “voltou a demonstrar o dinamismo do setor da distribuição farmacêutica e dos associados da ADIFA, que continuam a desempenhar um papel imprescindível no funcionamento eficaz do sistema de saúde”.

Exemplo disso, segundo o dirigente da ADIFA, “foi a campanha sazonal de vacinação contra a gripe e COVID-19, que é um momento crítico para preparar e reforçar a saúde pública no inverno”. Nesse contexto, as empresas associadas da ADIFA “asseguraram a entrega de três milhões de vacinas às farmácias de todo o país, com uma eficiência e capacidade operacional que nos orgulham”.

Daí que sublinhe que “olhando para 2024, estou convicto de que o setor esteve à altura dos desafios”.

Por outro lado, o novo ciclo político trouxe também novos interlocutores e “a ADIFA voltou a prestar um contributo positivo para o desenvolvimento de políticas essenciais para a saúde em Portugal”. Neste âmbito, Nuno Flora destaca “o arranque já no final do ano da dispensa de medicamentos hospitalares em proximidade – uma medida que temos vindo a defender continuamente. Este novo sistema poderá beneficiar até 200 mil utentes, facilitando o acesso às terapêuticas dos doentes e reduzindo o congestionamento hospitalar”.

 

2025

Para 2025, “esperamos que a dispensa em proximidade seja ampliada, assumindo uma dimensão correspondente ao seu potencial”.

Porém, Nuno Flora “gostaria de ver, também, novas iniciativas políticas que reconheçam o papel da distribuição farmacêutica de serviço completo, contribuindo para cadeias de abastecimento mais resilientes e para uma menor escassez de produtos de saúde”.

Assim sendo, destaca que “desejamos evoluir para um mercado mais sustentável e atrativo do ponto de vista económico e financeiro, sendo, para isso, fundamental proceder a uma revisão séria e realista dos preços dos medicamentos”.

No próximo ano, ainda de acordo com o presidente da ADIFA, “realizar-se-á também o Congresso Nacional da Distribuição Farmacêutica, que, embora recente, já se tornou num evento de referência no universo da saúde em Portugal. Contamos ter um congresso dinâmico, com oradores e conceituados especialistas da nossa área de atividade, que promova uma discussão frutuosa sobre as questões mais prementes do setor do medicamento, em Portugal e na Europa, e que apresente também propostas concretas para o futuro da distribuição farmacêutica”.