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Ban Ki-moon pede atuação rápida para acabar com a sida até 2030

19 de Julho de 2016

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou ontem à comunidade internacional que atue de forma rápida para acabar com a sida até 2030, melhorando o acesso ao tratamento e reforçando os programas de prevenção.

«Como comunidade global, devemos atuar de forma rápida e decidida para alcançar os objetivos que nos ajudem a pôr fim a esta epidemia», disse Ban Ki-moon durante a inauguração da conferência internacional sobre a sida que se celebra na cidade sul-africana de Durban.

Até à próxima sexta-feira, mais de 18.000 líderes, cientistas, ativistas e profissionais de saúde vão participar neste fórum para definir as estratégias que permitam acabar com a sida até 2030, um dos objetivos da agenda para o desenvolvimento promovida pela ONU.

O secretário-geral afirmou que é necessário estender o acesso ao tratamento, já que apesar dos progressos significativos alcançados até ao momento, mais de metade dos afetados pelo Hiv/sida ainda não têm acesso a eles.

Isto acontece porque as novas ferramentas de prevenção do HIV/sida ficam fora do alcance da maioria dos que precisam, segundo um comunicado divulgado pela organização.

A atriz sul-africana, Charlize Theron, que também participou na cerimónia, falou sobre o impacto da doença, especialmente entre os adolescentes, uma geração «a que não se tem dado atenção», citou a “Lusa”.

Segundo dados da ONU, em todo o mundo, no ano passado 29 adolescentes, entre os 15 e os 19 anos de idade, eram infetados a cada hora pelo vírus da sida.

Cerca de 65% dos novos infetados em todo o mundo são menores do sexo feminino. Só na África subsaariana, onde se concentra cerca de 70% de toda a população mundial seropositiva, três em cada quatro novos adolescentes infetados são raparigas.

Pelo seu lado, o presidente da Sociedade Internacional da Sida (SIS), Chris Beyrer, insistiu que para poder combater a sida em todas as partes do mundo, «é necessário garantir que cada ação que se tome seja baseada na ciência, respeite os direitos humanos e se financie na sua totalidade».

«Se não tomamos decisões estratégicas corretas, corremos o risco de retroceder nos avanços alcançados com tanto esforço. Isso seria equivalente a uma derrota», alertou.