Banco Mundial, OMS e Unicef assinam acordo de 80 ME para melhorar sistema de saúde no Sudão 83

O Banco Mundial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) assinaram um acordo de cooperação no valor de 80 milhões de euros que visa melhorar o sistema de saúde no Sudão, anunciou hoje a OMS.

“O Banco Mundial, a Organização Mundial de Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância assinaram um acordo de 82 milhões de dólares [cerca de 80 milhões de euros] para melhorar o acesso a serviços de saúde essenciais para mais de oito milhões de pessoas vulneráveis em todo o Sudão e reforçar o sistema de saúde no país“, referiu a OMS em comunicado, citado pela Lusa.

O projeto de Assistência e Resposta à Saúde em Emergências no Sudão (SHARE, na sigla em inglês) “exemplifica o compromisso da OMS em garantir que as comunidades no Sudão tenham acesso a serviços de saúde vitais, especialmente em tempos de crise”, disse o representante da OMS no Sudão, Shible Sahbani, citado no comunicado.

Mais de 70% dos hospitais e instalações de saúde nas zonas em guerra no Sudão, desde 15 de abril de 2023, não estão operacionais pois foram danificados ou destruídos ou não existem recursos, segundo dados da OMS.

“No Sudão, os sistemas que fornecem às crianças e famílias vulneráveis serviços essenciais estão à beira do colapso”, afirmou o representante da Unicef para o Sudão, Sheldon Yett.

 

Vão ser fornecidos medicamentos 

Este programa vai permitir “lançar as bases para melhorias do sistema [de saúde] a longo prazo”, segundo a nota de imprensa.

Serão fornecidos medicamentos essenciais e serviços de nutrição materna, neonatal e infantil, será tratada a desnutrição grave e serão reforçadas as campanhas de vacinação e as “ações regulares de sensibilização para chegar às crianças e famílias mais vulneráveis das comunidades deslocadas e de acolhimento”, indicou.

Os parceiros investirão igualmente na melhoria dos sistemas de vigilância das doenças, no equipamento dos centros de operações de emergência e na formação de equipas de resposta rápida, a fim de reforçar a preparação dos sistemas de saúde e a resposta a emergências nas comunidades vulneráveis”, concluiu.