BE: Possibilidade de cultivo de marijuana foi retirada para «não contaminar a discussão»
07 de maio de 2018 O deputado do Bloco de Esquerda Moisés Ferreira vincou que a retirada do cultivo pessoal de canábis da proposta legislativa sobre o consumo para fins terapêuticos serve para «impedir que um aspeto paralelo possa contaminar a discussão». Em declarações aos jornalistas no arranque da MGM – Marcha Global Marijuana, em Lisboa, o deputado vincou que as objeções à permissão de autocultivo já não são um problema na atual discussão, porque «já foi substituída e retirada essa parte», citou a “Lusa”. A proposta do Bloco, vincou, «previa o autocultivo por razões de acessibilidade a esta terapêutica», mas o partido não deixa «que um aspeto paralelo possa contaminar o servir de pretexto para se chumbar a proposta». O Bloco de Esquerda, lembrou, «defende a legalização da canábis para todos os fins», mas, depois de ouvidas opiniões e outros organismos, percebeu-se que «outros estariam disponíveis para discutir se houvesse uma separação das discussões». O grupo de trabalho sobre esta matéria no parlamento «está em fase final – há propostas de alteração aos diplomas iniciais – e é preciso discutir as propostas, ver o que é integrado e depois fazer o diploma chegar a plenário», concluiu. Questionado sobre uma eventual apresentação de uma proposta que permita o autocultivo depois de aprovada a venda controlada, Moisés Ferreira respondeu: «Vamos ver». |