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Bial: Investigação constitui 17 arguidos mas o laboratório não está incluído

09 de Julho de 2015

O Ministério Público (MP) constituiu ontem 17 arguidos e realizou 24 buscas, numa investigação sobre fraude no Serviço Nacional de Saúde, envolvendo pagamentos para estudos científicos, mas que afinal se destinavam à prescrição de medicamentos, informou o MP.

 

Segundo uma nota da Procuradoria-Geral da República (PGR), citada pela “Lusa”, «investigam-se, entre outras, matérias relacionadas com pagamentos efetuados a título de estudos científicos, mas que se reportariam à prescrição de fármacos».

 

Em causa, adianta a PGR, estão «suspeitas dos crimes de corrupção ativa e passiva, burla qualificada e falsificação de documentos», tendo as buscas decorrido em vários locais do país, designadamente em instalações do grupo farmacêutico Bial.

 

A nota da PGR refere, porém, que «a Bial não se encontra entre os arguidos constituídos», entre os quais se encontra uma empresa.

 

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal é, neste processo, coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária.

 

Ao início da tarde, a farmacêutica Bial disse ter sido surpreendida com «uma investigação em curso de âmbito nacional», confirmando que está a decorrer, nas suas instalações, «uma diligência processual».

 

A farmacêutica portuguesa diz que «prestou e continuará a prestar às autoridades, sempre que necessário, toda a colaboração solicitada para o cabal esclarecimento da realidade».

 

As investigações no âmbito do combate à criminalidade económica em 2014 permitiram detetar fraudes que lesaram o Estado português, na área da saúde, em 5,5 milhões de euros, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna de 2014.