Foi desafiante analisar em apenas duas horas o fenómeno Big Data aplicado à área da saúde. Julgo que conseguimos perceber, claramente, o potencial que a recolha de dados em massa e em tempo real pode acrescentar aos projetos deste setor, mas também os cuidados a ter no seu tratamento e utilização. Valeu muito a pena discutir este tema. A experiência trazida pela QuintilesIMS, a visão de outras indústrias que nos chegou pela mão da Microsoft, e o enquadramento regulamentar partilhado pela Novartis, permitiram-nos entender e enquadrar o tema. A abertura da sessão coube a Carlo Costa, Global Commercial Solutions Diretor na QuintilesIMS, que caracterizou o fenómeno, e falou-nos das inúmeras fontes para recolha de dados, inclusive, o Social Media Monitoring que é já usado por algumas empresas para gerar leads em funil de vendas no canal digital. Seguiu-se João Tedim, Partner Technology Strategist na Microsoft, que deixou o desafio aos intervenientes no setor da saúde para repensarem o seu modelo de negócio. Hoje, assistimos a uma profunda mudança em muitos modelos de negócio que considerávamos imutáveis, e a saúde como a conhecemos também poderá sofrer alterações. João Tedim partilhou com os presentes muitos exemplos de alterações de modelos, e aflorou a capacidade que o Big Data tem para desencadear algumas dessas alterações no setor da saúde, principalmente, com a análise preditiva em tempo real. O enquadramento legal e regulamentar de todas estas temáticas foi-nos trazido pela Sónia Valadas, Interin Chief Legal Officer e Country Compliance Head da Novartis. Sublinhou a necessidade de se encontrar um equilíbrio harmonioso entre a importância de se obterem ganhos em saúde através da recolha de dados, e o consentimento dado pelos fornecedores de dados e a sua privacidade. Esperamos que, em breve, surjam novas oportunidades para discutirmos e aprofundarmos o nosso conhecimento sobre o Big Data. Nuno Nunes, |