A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) revelou, hoje, que a meta de colocar 2.500 bombas de insulina automáticas até final do ano não será cumprida e insistiu na necessidade de agilizar o processo.
O presidente da APDP, José Manuel Boavida, que foi hoje ouvido na comissão parlamentar da Saúde, defendeu, segundo a Lusa, que o sistema deveria passar pelas farmácias, lembrando que os concursos públicos atrasam todo o processo e lamentou a situação atual.
Segundo disse, estima-se que haja cerca de 30.000 pessoas com diabetes tipo 1, cerca de metade quererão ter bombas automáticas, sublinhando que “os concursos não permitem nenhuma poupança”.
Deu o exemplo da situação atual – em que um dos concorrentes do concurso público para aquisição das bombas interpôs uma ação em tribunal, bloqueando o acesso aos dispositivos, segundo noticia hoje o Jornal de Notícias – para explicar que nem as 2.500 bombas previstas para colocar até final deste ano vai ser possível cumprir.
“Estava previsto abranger 5.000 pessoas, mas como o concurso foi lançado apenas para 2.500 pois já foi apenas no final do ano [de 2023] e chegamos a esta situação caricata. Das 2.500 estarão colocadas 450, a maior parte para substituir bombas em fim de vida de pessoas que passaram para as seringas antigas e para as canetas”, explicou.
Insistindo na necessidade de agilizar todo o processo, o responsável diz que a associação tem pedido para se manter a responsabilidade dos centros colocação de bombas e de “dar idoneidades suficientes”, ideia com a qual o Ministério da Saúde concordou.
Mas lembrou que tem encontrado da parte dos SPMS e do Infarmed “muitas resistências” em ter um sistema “verdadeiramente ágil e capaz de responder às necessidades destas pessoas, metade das quais crianças”.