Bombas de insulina automáticas: APDP explica como poderia a dispensa passar pelas farmácias (e o que estas precisariam de fazer) 365

Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) revelou, ontem, que a meta de colocar 2.500 bombas de insulina automáticas até final do ano não será cumprida e insistiu na necessidade de agilizar o processo.

O presidente da APDP, José Manuel Boavida, ouvido na comissão parlamentar da Saúde, defendeu, segundo a Lusa, que o sistema deveria passar pelas farmácias, lembrando que os concursos públicos atrasam todo o processo e lamentou a situação atual.

 Ao NETFARMA, José Manuel Boavida explica que as vantagens de o sistema passar pelas farmácias passam por uma maior agilidade na introdução de novas tecnologias, pela disponibilização de vários modelos (catálogo) e pela garantia de uma maior proximidade”.

Além disso, ainda de acordo com o presidente da APDP, “contribui para aliviar os hospitais da responsabilidade de armazenamento e distribuição”.

 

Haver articulação entre a farmácia e os centros

Para José Manuel Boavida, no que toca aos desafios do sistema poder passar pelas farmácias, “é essencial manter o controlo através do sistema de faturas dos medicamentos e assegurar que as farmácias tenham acesso a uma formação base sobre os componentes das bombas”. É igualmente importante, segundo o responsável da APDP, “existir uma articulação com os centros de colocação de bombas de insulina, para assegurar um acompanhamento adequado e uma resolução rápida de qualquer questão relacionada com o acesso. Importa destacar que estes centros dispõem de uma linha de apoio disponível 24 horas, assim como as empresas fornecedoras dos dispositivos”.

 

O que precisariam as farmácias de fazer para poderem dispensar

“Bastaria disporem da lista de contactos dos centros de colocação e dos representantes”, sublinha o presidente da APDP, acrescentando que , quanto à formação a ser ministrada, esta “deverá focar-se na orientação e bases de apoios e não nos processos de colocação, funcionamento ou ajuste dos dispositivos”.

 

Como poderia o utente adquirir uma bomba na farmácia

Se o sistema passasse pelas farmácias, José Manuel Boavida defende que as pessoas só poderiam dirigir-se à farmácia com uma receita emitida por um dos centros de colocação de bombas e já com conhecimento sobre o funcionamento dos dispositivos”, sendo que “a colocação da bomba seria feita no centro de colocação respetivo”.