28 de outubro de 2014 As receitas da Bristol-Myers Squibb no terceiro trimestre caíram 4% para 3,9 mil milhões de dólares, no entanto ultrapassaram as estimativas dos analistas que tinham previsto um total de receitas de 3,8 mil milhões de dólares. Este resultado foi motivado pela venda de medicamentos chave da farmacêutica, nomeadamente o Yervoy, que atingiu valores acima dos esperados.
Segundo o “FirstWord”, as receitas líquidas deste trimestre atingiram os 721 milhões de dólares, um valor acima dos 692 milhões de dólares registados no período homólogo do ano anterior.
A empresa revelou que a receita norte-americana caiu 3% versus o trimestre homólogo do ano anterior, atingindo os 2 mil milhões de dólares. As vendas internacionais caíram 4%. A farmacêutica acrescentou que excluindo a receita proveniente da joint venture, criada em parceira com a AstraZeneca e da qual a Bristol-Myers Squibb saiu em dezembro do ano passado, as vendas globais cresceram 7%.
Lamberto Andreotti, CEO da Bristol-Myers Squibb, lembrou que os resultados «refletem o nosso objetivo contínuo de equilibrar o crescimento a longo prazo com o desempenho a curto prazo, enquanto alcançamos progressos significativos no desenvolvimento do nosso portefólio e continuamos fortes no desempenho do mercado em relação a alguns produtos chave, como o Eliquis, Yervoy, Sprycel e Orencia».
As vendas trimestrais do Orencia subiram 18%, atingindo os 444 milhões de dólares, enquanto que as receitas do Sprycel subiram 22% para 335 milhões de dólares. Para além disso, as vendas do Yervoy cresceram 47% alcançando os 350 milhões de dólares, ultrapassando os 324 milhões de dólares previstos pelos analistas.
A receita proveniente da venda do Eliquis atingiu os 216 milhões de dólares, 41 milhões de dólares acima do valor registado no mesmo período em 2013. «As vendas do Eliquis continuam muito bem», realçou o analista da Morningstar, Damien Conover, acrescentando que a terapia, que resulta de uma parceria com a Pfizer, continua «bem posicionada numa crescente trajetória de lançamento, depois de um arranque inicial lento».
A Bristol-Myers Squibb realçou que as vendas do Abilify, nestes três meses, caíram 21%. para os 449 milhões de dólares. A receita resultante da venda do Sustiva caiu 8%, para os 357 milhões de dólares e as vendas do Reyataz desceram 10%, atingindo os 338 milhões de dólares. Entretanto, as vendas do Baraclude caíram 14% versus os 325 milhões registados no período homólogo do ano anterior.
A farmacêutica avançou com uma previsão de lucro anual por ação entre os 1,70 dólares e os 1,80 dólares, atingindo entre os 15,2 mil milhões e os 15,8 mil milhões de dólares em receitas. Os analistas esperam um lucro por ação de 1,78 dólares e uma receita de 15,6 mil milhões de dólares.
Em julho, o Opdivo (nivolumab) da Bristol-Myers Squibb tornou-se no primeiro inibidor de PD-1 a receber uma autorização global após ter sido aprovado no Japão, onde é desenvolvido em parceria com a Ono Pharmaceutical, para o tratamento do melanoma irressecável. O uso do medicamento para tratar esta doença será objeto de uma revisão prioritária por parte da Food and Drug Administration e de uma avaliação rápida pela Agência Europeia do Medicamento.
A Bristol-Myers Squibb espera apresentar os dados sobre o uso de Opdivo no tratamento do cancro do pulmão de células escamosas, após duas fases de tratamento falhadas, no final deste mês, no Simpósio Multidisciplinar de Oncologia Torácica em Chicago. Arfaei observou que se os resultados forem positivos poderão elevar o preço das ações da empresa. O analista acrescentou que são esperados mais dados sobre o Opdivo nos próximos meses que poderão ajudar a fundamentar a aprovação do medicamento pelos EUA. |