Cabo Verde: A (ainda) desvalorização da classe farmacêutica e do seu papel 237

A Ordem dos Farmacêuticos de Cabo Verde (OFCV) organizou, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Farmacêutico, as I Jornadas de Farmácia, subordinadas ao tema ‘Farmacêuticos: Atendendo às necessidades globais de saúde com soluções locais’.

Esta primeira edição, que aconteceu nos dias 27 e 28 de setembro, na cidade da Praia, e foi destinada a profissionais farmacêuticos, enfermeiros, médicos, psicólogos, académicos e investigadores, teve como objetivos a disseminação de conhecimento científico, a partilha de boas práticas e a promoção de uma maior consciencialização sobre a importância da profissão farmacêutica em Cabo Verde.

Marcília Fernandes, Bastonária da OFCV, justificou, em entrevista a um jornal local, citada pelo portal da Ordem dos Farmacêuticos (OF), a pertinência da realização deste evento, sublinhando que embora os estatutos da OFCV tenham sido aprovados em 2015, ainda se verifica uma desvalorização da classe farmacêutica e do seu papel fundamental no desenvolvimento do setor da saúde.

Marcília Fernandes revelou ainda que várias clínicas privadas, que realizam regularmente cirurgias que precisam de medicamentos, não têm a presença de um farmacêutico para realizar o controlo e assegurar a segurança do utente. Também nas estruturas públicas de Saúde, a situação, segundo a bastonária, se replica com a ausência do farmacêutico que cede o seu papel para outro contratado, responsável pelo circuito completo dos medicamentos.