Quase três quartos das 45 mil crianças em Cabo Verde com idades entre os nove meses e os quatro anos foram vacinadas contra o sarampo e a rubéola no âmbito de uma campanha que terminou ontem.
Em conferência de imprensa na cidade da Praia, ilha de Santiago, o diretor Nacional de Saúde cabo-verdiano, Artur Correia, sublinhou que a campanha conseguiu atingir os objetivos previstos, tendo já atingido 73% das crianças a vacinar.
O objetivo da iniciativa é aumentar a percentagem de vacinação em Cabo Verde, que atualmente se situa nos 95%.
«Precisamos consolidar os ganhos porque a vacina não protege 100%. Temos tido 95% de cobertura e, de ano para ano, tem havido uma acumulação de susceptíveis», explicou.
Esta campanha, adiantou, «é para mitigar os efeitos destes suscetíveis ao longo dos anos».
Cabo Verde não regista casos de sarampo há 20 anos e de rubéola há 10 anos e subscreveu o objetivo de eliminar estas doenças em 2020, avança a agência “Lusa”.
Segundo Artur Correia, a percentagem de vacinação é mais baixa na ilha de Santiago (66%), principalmente devido a uma menor adesão em dois bairros: Fazenda e Ponta de Água. É por isso que esta ação vai ser reforçada nestes locais, através da transferência de pessoas dos outros bairros que têm uma boa cobertura para aqueles onde há maiores dificuldades.
O diretor Nacional da Saúde acredita que esta dificuldade se deve ao facto de a vacinação não acontecer porta a porta, mas sim em postos de vacinação, para manter a qualidade das vacinas, e apela aos pais e encarregados de educação das crianças que levem os seus filhos aos centros de saúde e postos de vacinação.
Com uma média de 73% das crianças vacinadas, essa percentagem não é igual em todas as ilhas: Praia (53%), São Nicolau (94%), Boavista (79%), Santiago (66%), Fogo (88%), Brava (105%), Maio (71%), São Vicente (77%), Santo Antão (81%), São Nicolau (94%) e Sal (96%).