Câmara de Ovar vai comparticipar vacinas que podem custar até 92 euros por dose 18 de setembro de 2014 A Câmara Municipal de Ovar começa este ano a comparticipar as despesas de famílias carenciadas com vacinas que, embora excluídas do Plano Nacional de Vacinação, são recomendadas pelos médicos e podem custar até 92 euros por dose. A medida foi aprovada por unanimidade do Executivo constituído por eleitos do PSD e PS e, segundo revelou ontem fonte da autarquia, implica que a Divisão de Ação Social suporte até 50% do valor das vacinas em causa. «Trata-se de um apoio destinado às crianças com idade igual ou inferior a 24 meses, pertencentes a agregados familiares economicamente carenciados», explicou a mesma fonte. «É uma nova medida do Regulamento de Ação Social do Município de Ovar [RASMO], que consiste na comparticipação das vacinas que estão excluídas do Plano Nacional de Vacinação, mas cuja administração é recomendada pela maioria dos médicos», acrescentou, citado pela “Lusa”. Uma das vacinas que a Câmara irá cofinanciar é a da varicela, que implica para cada criança duas doses ao valor médio individual de 92 euros. Fonte da autarquia referiu ainda outros exemplos de imunizações necessárias, mas caras: «A vacina contra a meningite, que envolve quatro doses, cada uma ao preço de 59,49 euros, e a da gastroenterite, que é de três doses, a 51 euros cada». As inoculações contra as hepatites A e B são outras das que a autarquia prevê comparticipar, dado que, no primeiro caso, a vacina implica um custo de 17,44 euros multiplicado por três doses e que, no segundo, estão em causa 17,71 euros por cada uma das duas doses necessárias para que o procedimento surta efeito. A proposta da autarquia vai agora ser sujeita a um período de discussão pública, no âmbito da avaliação global do RASMO, e, caso não mereça objeções por parte da população, será então apreciada em Assembleia Municipal, para aprovação final. Além dessa medida, o regulamento introduz este ano três outras novidades: o Fundo de Emergência Social, o apoio em géneros alimentícios e a ajuda a famílias numerosas. Ainda no que se refere à saúde infantil, mas já na área educativa, a autarquia também foi unânime na decisão de introduzir nos jardins-de-infância do concelho a componente da Natação. O programa municipal para a prática dessa modalidade no Ensino Pré-Escolar arranca assim este ano letivo, com o que os respetivos utentes beneficiarão de seis aulas da natação na piscina de Ovar. «O programa visa incentivar a prática da natação no concelho e resulta do reconhecimento, por parte do Executivo, dos benefícios associados à prática regular do desporto», afirmou fonte da autarquia. |