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Cancro do pâncreas aumenta em Portugal, com 1.400 novos casos por ano

13 de Novembro de 2015

O registo de cancro do pâncreas em Portugal está a aumentar, com 1.400 novos casos por ano, e a taxa de sobrevivência global aos cinco anos deste tumor maligno é de apenas 5%, alerta a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

O presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, José Cotter, recordou que o cancro do pâncreas é o «terceiro mais frequente do sistema digestivo, a seguir ao cancro do cólon e ao cancro do estômago».

Em entrevista telefónica à “Lusa”, a propósito do Dia Mundial do Cancro do Pâncreas, que se assinala hoje, José Cotter avisa que a predisposição familiar para o cancro do pâncreas é um fator de risco, assim como o «tabagismo crónico» (aumenta duas a três vezes a probabilidade de haver cancro do pâncreas), a «ingestão de gorduras», «obesidade» e o «sedentarismo».

Dor ou desconforto abdominal, falta de apetite, emagrecimento e cansaço são «queixas inespecíficas» que muitas vezes são desvalorizadas, mas às quais de deve ter atenção, sublinhou o médico especialista José Cotter, sugerindo às pessoas para consultarem o médico, «“porque não devem estar a protelar algo que se passa no organismo e que não é de todo normal».

Para se fazer o diagnóstico, o primeiro exame é a ecografia abdominal, um exame não invasivo e inofensivo e, caso haja suspeitas, são feitos outros exames mais sofisticados, como por exemplo a tomografia computadorizada (TAC), ressonância magnética (RM) ou a ecoendoscopia, técnica mais recente em que é utilizada uma sonda de ecografia de alta resolução.

O cancro do pâncreas é, de todos os cancros, o que tem a taxa de sobrevivência mais baixa e, sem melhorias no diagnóstico, prevê-se que venha a tornar-se a segunda principal causa de morte por cancro em 2030.