Candidato à liderança da APJF apresenta três pilares estratégicos para ajudar os jovens farmacêuticos 1017

No ano em que comemora 35 anos de existência, a Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF) prepara as eleições para os seus órgãos sociais, que acontecem no próximo dia 27 de janeiro. Para a direção, a lista única (J) que se apresenta a votos é liderada por Lucas Chambel, de 26 anos, atualmente profissional da indústria farmacêutica. O jovem tem um percurso vincado no associativismo, tendo sido, entre outros, vice-presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (2018), da Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (2019), integrando ainda a direção do Conselho Nacional de Juventude (2020-2021).

Durante os anos mais impiedosos da pandemia covid-19, liderou ainda a plataforma “Um Passo à Frente do Coronavírus”, uma iniciativa que visava ajudar unidades de saúde a adquirirem equipamentos de proteção. Atualmente, é ainda conselheiro no Conselho de Opinião da RTP.

E, em comunicado enviado ao Netfarma, Lucas Chambel refere que a sua candidatura assume o “compromisso dos jovens farmacêuticos com a saúde em Portugal”, sendo esta assente em três pilares estratégicos. O primeiro está relacionado com a promoção do desenvolvimento profissional e da intervenção do farmacêutico na sociedade. Segundo o candidato, “um dos temas prioritários é a transformação e evolução da profissão farmacêutica, através da definição de um quadro de novas competências e de especialidades liderado pela Ordem dos Farmacêuticos, no qual o papel da APJF é fundamental, tendo em conta o impacto destas mudanças nos jovens farmacêuticos”.

Relativamente às políticas de saúde e setoriais, definidas como o segundo eixo estratégico, o farmacêutico defende que se vive um “momento de oportunidades tendo em conta o cenário eleitoral em Portugal”, assumindo que o compromisso da direção será o de “assegurar que a APJF é uma casa aberta e uma plataforma de diálogo e discussão”. Assim, como primeira proposta de iniciativa, Lucas Chambel refere o interesse de “trazer aos jovens farmacêuticos um debate que permita o contacto direto com as propostas eleitorais das próximas eleições legislativas”. Para o candidato, estas eleições “vão marcar, para as organizações de jovens profissionais de saúde, o início de uma mentalidade intersectorial que deixe de ver as profissões de saúde como ilhas isoladas”, uma vez que não acredita que “abordagens corporativistas e isolacionistas na saúde sejam sustentáveis e, tampouco, que as mesmas vão de encontro às necessidades dos cidadãos e do sistema de saúde”.

Segundo o manifesto eleitoral apresentado pela Lista J, o último compromisso apresentado está relacionado com a proximidade e representatividade da APJF junto dos jovens farmacêuticos. Lucas Chambel admite que “a APJF, enquanto associação que representa os interesses e as perspetivas dos jovens farmacêuticos portugueses, deve promover o envolvimento dos seus sócios, parceiros e outras entidades do setor farmacêutico”, fazendo ainda uma menção às associações representativas de pessoas que vivem com doença que, segundo o mesmo, “têm de fazer parte do dia-a-dia das organizações de saúde”.

Recorde-se que a organização apresentou, em 2021, uma visão estratégica dos jovens farmacêuticos para a década. As quarenta propostas foram construídas por mais de cem farmacêuticos e chegaram mesmo à Assembleia da República, onde foram apresentadas à Comissão Parlamentar de Saúde. A mesma comissão colaborou com a APJF na realização de um evento no final do ano de 2023 que, sob o mote da “nova geração de profissionais de saúde”, juntou jovens farmacêuticos e outros profissionais de saúde de vários pontos do país. Segundo Lucas Chambel, “este foi um momento de extrema importância e ousadia”, uma vez durante o mesmo foi assinada uma carta de missão que constitui uma plataforma de jovens profissionais de saúde, sendo esta uma iniciativa que promove o diálogo interdisciplinar.

O candidato a presidente destaca as realidades e experiências profissionais distintas, a representatividade regional, a experiência associativa e o conhecimento do setor farmacêutico e da saúde como qualidades de relevo dos onze elementos que integram a equipa.

A APJF foi fundada em 1989 e representa os jovens farmacêuticos com menos de 35 anos. Existem perto de seis mil jovens farmacêuticos em Portugal.