Nuno Rebelo de Sousa, filho do Presidente da República, declarou, hoje, aos deputados reunidos em Comissão Parlamentar de Inquérito que não iria responder a quaisquer das suas questões.
“Conforme informei previamente, através dos meus advogados, seguirei nesta audição o seu conselho (…), que vai no sentido de não responder a perguntas nesta Comissão”, começou por dizer o filho do presidente, ouvido por videoconferência, citado pela RTP1.
Em causa está o seu alegado envolvimento no caso das gémeas luso-brasileiras tratadas com o medicamento mais caro do mundo, o Zolgensma, no Hospital de Santa Maria.
Nuno Rebelo de Sousa relembrou que foi constituído arguido e interrogado no âmbito do processo-crime e constatou que “quaisquer perguntas admissíveis e legítimas no âmbito desta Comissão, considerando o seu objeto, só podem dizer respeito ao mesmo objeto do processo-crime”, pelo que optou por exercer o seu direito ao silêncio.
“Exercerei o meu direito ao silêncio”, declarou. “Fui informado de que a investigação criminal estava em segredo de justiça. Em qualquer caso, não existe relação entre o direito de silêncio e o segredo, e aquele não depende deste”, acrescentou.
Nuno Rebelo de Sousa referiu ainda que “qualquer outra questão que se prenda com matéria jurídica, nomeadamente processual, relativa a esta audição, deverá naturalmente ser dirigida aos meus advogados, que estão aqui presentes”.