Cavaco: Ciência e conhecimento determinarão futuro de Portugal 08 de Abril de 2015 O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, disse hoje em Coimbra que o modo como Portugal desenvolver a ciência e o conhecimento determinará o futuro do país enquanto povo e comunidade de destino. «O modo como desenvolvermos a ciência e o conhecimento ditará o que iremos ser no tempo que se aproxima enquanto povo e comunidade de destino», afirmou o Presidente da República na cerimónia de entrega dos prémios Bial 2014. E Portugal tem «unidades de investigação de excelência» e «cientistas de elevadíssima qualidade e prestígio internacional», reforçou Cavaco Silva, citado pela “Lusa”. A produção científica tem registado «um progresso notável», emergindo também aquilo que o Presidente da República denominou como «uma nova vaga do conhecimento, das ciências, da vida e da biotecnologia». O chefe de Estado exortou a que se dê visibilidade aos bons exemplos de investigação científica nestas áreas e incentivou que essa projeção seja replicada noutros setores. Cavaco Silva falava hoje, ao final da manhã, na Faculdade de Medicina de Coimbra, na entrega dos Prémios Bial, sessão que também contou com a presença dos ministro da Educação e Ciência e da Saúde, Nuno Crato e Paulo Macedo, respetivamente, da secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira, do bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, do reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, e do presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado. Na sua intervenção, O Presidente da República deixou «uma palavra de grande apreço à Fundação Bial e ao seu presidente», Luís Portela, pelo «extraordinário incentivo que, ao longo dos anos, têm dado ao estudo científico do ser humano». A ação desenvolvida por aquela instituição – e não apenas em torno dos Prémios Bial, mas também através de «concursos de bolsas de investigação científica e de simpósios na área das neurociências» – faz com que seja considerada um exemplo, sustentou. «Estamos, de facto, perante um exemplo, tão notável quanto consistente, da cultura que caracteriza a Bial», afirmou o chefe de Estado, sublinhando que a ela se deve a «visão pioneira de uma parceria universidade-empresa e a um significativo investimento em I&D, concretizado, desde logo, na formação de uma equipa multinacional de investigadores de excelência». Para Cavaco Silva «dar visibilidade a estes bons exemplos, incentivando a que sejam replicados noutros lugares, é também um contributo para a concretização do nosso potencial na área da ciência e do conhecimento». O vencedor do Grande Prémio Bial 2014, Miguel Seabra, não participou na sessão por “motivos de saúde», explicou o presidente da Fundação Bial, Luís Portela. O Grande Prémio Bial de Medicina, no valor de 200 mil euros, foi entregue à equipa coordenada por Miguel Seabra, que se demitiu na terça-feira de presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Na sua mensagem, lida por José Ramalheira, Miguel Seabra afirma que a atribuição desta distinção é «um dos pontos mais altos» da sua carreira. |