24 de Junho de 2016 O CDS estima que os doentes fiquem sem 200 mil horas de cuidados de enfermagem logo na primeira semana de entrada em vigor das 35 horas de trabalho semanais, enquanto o ministro garante que os utentes podem ficar tranquilos. «Como é que vão funcionar os hospitais daqui a uma semana», perguntou a deputada do CDS-PP Cecília Meireles ao ministro da Saúde hoje no parlamento, questionando-o sobre quantos profissionais já contratou para fazer face à passagem das 40 para as 35 horas semanais na função pública a partir de 1 de julho. O ministro Adalberto Campos Fernandes disse que o Governo está a trabalhar para ir «ajustando as necessidades» nos serviços que funcionam por turnos, como os hospitais. Nos restantes, sem trabalho por turnos, a situação está acautelada, acrescentou. «O Governo compromete-se que não há nenhum motivo de preocupação, a questão será gerida com muita tranquilidade», afirmou o governante durante o debate parlamentar a pedido do CDS. Para a oposição, a atual maioria transformou as 35 horas de trabalho na função pública numa «monumental trapalhada” que na saúde é “particularmente inquietaste». «(…) Daqui a oito dias os doentes do SNS vão ficar, imediatamente, sem cerca de 200 mil horas de cuidados de enfermagem logo na primeira semana. O mesmo será verdade em relação a outros profissionais como médicos, técnicos superiores de saúde e assistentes operacionais», declarou a deputada Cecília Meireles, citada pela “Lusa”. O CDS pretendeu saber quantas contratações já realizou o Ministério da Saúde, vincando a necessidade de perceber «como vão funcionar os hospitais» a partir de 1 de julho. Em resposta ao CDS, PS, PCP e Bloco de Esquerda ironizaram com a pretensa preocupação dos partidos que apoiavam o anterior Governo, acusando-os m desmantelado o Serviço Nacional de Saúde e de o ter depauperado em termos de recursos humanos. Na luta de números sobre profissionais entrados e saídos, o PS afirmou que atualmente há mais 1.389 médicos no Serviço Nacional de Saúde do que no final do anterior Governo. De acordo com a socialista Antónia Almeida Santos, há atualmente 26.697 médicos no SNS quando no final do anterior Governo eram 25.308. |