CDS-PP: Situação das farmácias hospitalares é «ameaça à segurança dos doentes» 1094

A presidente do CDS-PP dirigiu forte crítica ao Governo por não resolver os problemas nas farmácias hospitalares e reivindicou o cumprimento de promessas para resolver problemas que consistem numa «ameaça à segurança dos doentes».

Numa conferência de imprensa no parlamento, Assunção Cristas referiu que quis, desta forma, «dar voz» e ampliar os «relatos da realidade» da «maior gravidade» feitos pela bastonária da OF na comissão parlamentar da Saúde, na quarta-feira (notícia).

A falta de «mais de 150» farmacêuticos e de outros profissionais «compromete o funcionamento das farmácias hospitalares», originando a «ameaça da segurança dos doentes», acrescentou num comunicado da agência “Lusa”.

A deputada e líder do CDS fez notar que o Governo sabe da situação «e não faz nada», contrapondo este retrato da OF com a imagem dada pelo primeiro-ministro, António Costa, no último debate quinzenal de que «tudo está bem» no SNS.

Relatou casos, como o do hospital de Gaia, com «cinco a profissionais a trabalharem em prefabricados». É lá que estão os medicamentos «e chove lá dentro», descreveu. Em Portimão, faltam farmacêuticos, o que impede que se possa preparar tratamentos de quimioterapia, e há muitos profissionais em «estado de exaustão».

No entender do CDS, tal quadro “exige medidas rápidas e urgentes” por parte do Governo e partindo daí, os centristas vão confrontar a ministra da Saúde na próxima semana, numa audição na comissão parlamentar desta área.

«Há um risco de rutura. As farmácias hospitalares estão numa situação de colapso, com falta de pessoal, farmacêuticos e outros técnicos, para poderem funcionamento regularmente», reiterou Assunção Cristas, numa conferência de imprensa com a deputada e médica Isabel Galriça Neto.

Para a deputada Galriça Neto, «quando alguém diz que a segurança clínica e a segurança dos cidadãos estão comprometidas», como aconteceu na quarta-feira com os responsáveis da OF, «isto é como se fossem vinte bandeiras vermelhas levantadas a dizer que esta situação é intolerável».