Centro Hospitalar do Oeste reduz listas de espera e aumenta cirurgias 687

20-Jan-2014

Um ano depois de ser criado, o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) reduziu as listas de espera e a dívida a fornecedores e aumentou o número de médicos por especialidade e de doentes operados, divulgou a administração.

«Houve ganhos em saúde bastante significativos para os utentes que passaram a ser tratados mais depressa» afirmou o presidente do conselho de administração (CA) do CHO, Carlos Sá, considerando «positivo o balanço do primeiro ano de atividade da instituição que congrega os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche».

Entre os dados que sustentam o otimismo do CA, contam-se a diminuição da lista de espera em 15,7%, relativamente a 2012, o que significa «menos 2.145 utentes à espera de consulta no total das especialidades».

Menor é também a lista de inscritos para cirurgia que, segundo o CA, «diminuiu 32% em relação a 2012», depois de em 2013 terem sido operados mais 794 utentes. Resultados que Carlos Sá diz serem «também fruto do aumento do número de médicos por especialidade», num ano em foram contratados 18 médicos e saíram apenas sete.

Os dados foram na sexta-feira apresentados ao executivo da câmara das Caldas da Rainha durante uma visita ao hospital local, promovida no âmbito da política de envolvimento das autarquias e movimentos cívicos dos concelhos serviços pela instituição.

Durante a reunião o CA apresentou igualmente os resultados financeiros dos últimos três anos, sublinhando a redução da dívida de «43 milhões de euros em 2010 para cinco milhões de euros no final de 2013».

O prazo médio de pagamento aos fornecedores diminuiu de 322 dias em 2010 para 85 dias no final do passado mês de novembro, revelou ainda o administrador, citado pela “Lusa”. «A gestão racional dos recursos disponíveis permitiu ainda investir 350 mil euros em novas instalações e equipamentos na unidade das Caldas da Rainha», acrescentou aludindo à remodelação do Serviço de Radiologia, à separação da ala de Ginecologia da Obstetrícia, às novas instalações da consulta externa de Pediatria, à retoma da especialidade de Oftalmologia e às novas instalações da Medicina Transfusional.

O CHO resultou da junção, em novembro de 2012, do Centro Hospitalar do Oeste Norte (que integrava os hospitais [termal e distrital] das Caldas da Rainha e os hospitais de Peniche e Alcobaça) com o Centro Hospitalar de Torres Vedras (composto pelo hospital distrital e o hospital José Maria Antunes).

No âmbito do processo de fusão os utentes do hospital de Alcobaça (com exceção das freguesias de Alfeizerão, Benedita e S. Martinho do Porto) passaram a referenciar ao Hospital de Santo André, em Leira.

No CHO ficaram as unidades de Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche, abrangendo uma população de 292.500 habitantes destes três concelhos e dos de Bombarral, Cadaval, Lourinhã e parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estêvão das Galés e Venda do Pinheiro).