Centros de saúde com chamadas limitadas para o exterior 24 de julho de 2015
Médicos e enfermeiros dos centros de saúde da região de Lisboa vão deixar de poder fazer chamadas diretas para o exterior. Assim, quando precisarem falar com um doente ou pedir a opinião de um colega, aqueles profissionais de saúde terão de pedir ao apoio administrativo para o fazer.
A notícia, avançada pelo “Observador”, refere que esta medida faz parte de uma circular da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e já está em curso há alguns meses. De acordo com a mesma fonte, são quase 300 as unidades de cuidados primários atingidas por esta circular.
«Foi uma ordem da ARS que levou a uma nova configuração das centrais. Quiseram limitar o acesso dos profissionais a telefonemas exteriores. Mas para mim é apenas uma medida de comando e controlo sem qualquer poupança. É uma regra absurda, quando nem sequer sabemos quanto gastamos», diz, citado pelo “DN”, António Branco, ex-presidente da ARSLVT.
«Nós tínhamos uns 30 pontos de ligação e agora temos cinco. Se já era difícil contactar alguém no hospital, agora é ainda pior. Também não se consegue falar com um doente a menos que façamos esse pedido», afirma o responsável.
A ARSLVT nega que esta seja uma medida indiscriminada de cortes de custos e que até já aumentou o número de telemóveis de serviço. «Apenas cortámos acessos que não eram usados. Existem sim outros problemas que não são da nossa responsabilidade», afirma Luís Cunha Ribeiro, presidente da ARSLVT. |