Centros de saúde com horário alargado para responder à gripe 519

Centros de saúde com horário alargado para responder à gripe

19 de Janeiro de 2015

Durante as próximas seis semanas, vários centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo vão ter as portas abertas durante mais tempo, à noite e ao fim de semana, para poder dar resposta à maior afluência de doentes por causa da epidemia de gripe e para aliviar os serviços de urgência hospitalares.

A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo divulgou a lista das várias unidades dos cuidados de saúde com horários alargados incluídas no “plano de contingência da gripe” – que começa esta segunda-feira e termina a 27 de fevereiro próximo.

O objetivo é «fazer face à época gripal», explica a ARS, em nota, citada pelo “Público”. O plano é anunciado numa altura em que várias urgências hospitalares continuam em rutura e em que são conhecidos novos casos de morte nestes serviços, após longas horas de espera.

A Plataforma Lisboa em Defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) exigiu entretanto a demissão do ministro da Saúde, numa carta divulgada esta segunda-feira e em que o governante é responsabilizado «pela situação caótica nas urgências e mortes por alegada falta de assistência». Responsáveis da Plataforma, citados pela “Lusa”, atribuem a atual situação aos «sucessivos desinvestimentos no SNS» que «conduziram à saída de milhares de profissionais de saúde, à redução do número de camas até de doentes agudos, ao fecho de extensões, centros de saúde e urgências».

Criado contra o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (Lisboa), integram esta plataforma representantes da Comissão de Utentes da Cidade de Lisboa, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Movimento Democrático das Mulheres, Inter-Reformados (CGTP-IN), Movimento de Utentes dos Serviços Públicos, Sindicato dos Médicos da Zona Sul, união dos Sindicatos de Lisboa.