Centros de saúde: médicos e enfermeiros vão ter que picar o ponto 13 de outubro de 2014 Nos centros de saúde todos os profissionais, médicos, enfermeiros e administrativos vão ter que picar o ponto tal como já acontece nos hospitais. O problema é conseguir neste espaço de tempo que a medida seja uma realidade em todo o país. A ordem é para que o registo de assiduidade avance em todos os centros de saúde ainda este ano, mas há diferenças significativas na implementação do sistema biométrico. O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo sublinhou que, até ao final de novembro, em quase todas as unidades de cuidados primários, os profissionais vão ter de picar o ponto. Uma forma, defendeu Luís Cunha Ribeiro, de agilizar o sistema e permitir que o processamento de salários passe a ser feito informaticamente. O responsável explicou à “TSF” o propósito desta medida: «O problema da assiduidade não é nem de longe nem de perto o objetivo principal, o moralizar uma situação, porque genericamente os profissionais cumprem o horário». Luís Cunha Ribeiro considerou que este sistema está há muito implementado nos hospitais e que não faz sentido em 2014 continuar a utilizar um sistema manual. Mas se na região de Lisboa o processo parece estar adiantado, por exemplo no Algarve não foi sequer lançado o concurso para a aquisição dos equipamentos e na região centro estão ainda a ser dados os primeiros passos na formação. Também na Administração Regional de Saúde do Norte são admitidos atrasos. Ao “DN”, a ARS confirmou que as orientações da tutela são para que até ao final do ano todos os profissionais de saúde, incluindo os médicos de família, tenham de picar o ponto, mas a ARS do Norte sublinhou que este vai ser um processo complexo já que o sistema biométrico tem de ser implementado em várias unidades de saúde. Bastonário da Ordem dos Médicos: «Não há dinheiro para contratar profissionais de saúde, mas há para relógios de ponto» O Bastonário da Ordem dos Médicos garantiu que estes profissionais não temem o controlo de assiduidade nos centros de saúde, mas questiona o investimento numa altura em que «não há dinheiro para contratar profissionais de saúde». O “Diário de Notícias” avançou na edição deste domingo que a ordem é para que o registo de assiduidade avance até ao final do ano em todas as unidades de cuidados primários, onde os profissionais vão ter de picar o ponto. Em declarações à “TSF”, o Bastonário da Ordem dos Médicos disse que é importante perceber o que justifica esta medida e quanto custa. José Manuel Silva quer saber se com este controlo vão ser pagas aos médicos todas as horas extraordinárias que não eram registadas. José Manuel Silva desvalorizou a data de entrada em vigor deste sistema de controlo de entradas e saídas, defendendo que o mais importante é saber quais as regras de funcionamento. |