Centros de saúde registaram 157 novos casos de diabetes mellitus em 2013 20 de outubro de 2014 Os centros de saúde registaram no ano passado 157 novos casos de diabetes mellitus, a maioria de mulheres, acompanhando a tendência crescente deste problema de saúde em Portugal, segundo o relatório da Rede Médicos Sentinela, citado pela “Lusa”. A idade mediana destes utentes foi de 63 anos, variando entre os 13 e os 87 anos, adianta a rede, constituída por médicos de família que notificam voluntariamente casos ou episódios de doença e de outras situações relacionadas com a saúde dos utentes inscritos nas suas listas. Esta doença, um dos principais problemas de saúde pública, levou ao internamento de cinco destes doentes e causou a morte de uma mulher. A taxa de incidência estimada foi de 557 por 100.000 utentes, tendo sido mais elevada nas mulheres (588/100.000). Considerando apenas a população utente com 35 ou mais anos, a taxa de incidência foi de 932/100.000 utentes. Nos homens, a incidência mais elevada observou-se entre os 55 e os 64 anos (1.406/100.000), enquanto nas mulheres o pico de incidência se registou uma década mais tarde (1.709/100.000). O relatório sublinha que «estes resultados reforçam a necessidade de manter a diabetes mellitus sob monitorização na rede». Os Médicos-Sentinela notificaram também no ano passado 234 casos de hipertensão arterial, dos quais 53% eram mulheres. Na população com mais 25 anos obteve-se uma taxa de incidência de 1.122 por 100.000 utentes. Para o total da população inscrita na rede a taxa de incidência estimada foi de 830/100.000 utentes. A estimativa da taxa de incidência mais elevada para os homens verificou-se no grupo etário dos 55-64 anos (2.411/100.000) e para nas mulheres no grupo dos 65-74 anos (1.923/100.000 utentes). Foi reportado pela rede a morte de uma mulher de 65 anos e o internamento de outra com 39 anos devido a hipertensão arterial, cuja taxa de incidência estimada tem aumentado para homens e mulheres. Foram ainda notificados três casos de jovens com idades entre os 15 e os 24 anos, segundo o relatório. Os Médicos-Sentinela, que no ano passado eram 112, notificam voluntariamente casos ou episódios de doença e de outras situações relacionadas com saúde dos utentes inscritos nas suas listas. O relatório ressalva que os dados «devem ser interpretados à luz das limitações inerentes às características da Rede», uma vez que é de participação voluntária e apenas abrange os utilizadores dos cuidados de saúde primários. O facto de os médicos que integram a rede pertencerem ao SNS não permite avaliar o que acontece em determinados grupos populacionais que utilizam outros sistemas de saúde. |