A China ofereceu ao Governo são-tomense quase uma tonelada de medicamentos, consumíveis e equipamentos para a implementação de uma nova estratégia visando a erradicação do paludismo no arquipélago.
Segundo a embaixadora chinesa em São Tomé, citada pela Lusa, o lote inclui medicamentos e consumíveis para o laboratório de referência de paludismo, reagentes, materiais para rastreio, inseticidas para pulverização e equipamentos de escritórios e visa “melhorar ainda mais as condições de trabalho e promover a eficiência de tratamento, a fim de beneficiar mais pessoas locais”.
“Todos sabemos que o paludismo ainda é um desafio grande para este país”, sublinhou, ontem, Xu Yingzhen no ato de entrega.
A diplomata chinesa disse que com base “na experiência bem sucedida nos países africanos e a situação real de São Tomé e Príncipe” os técnicos chineses ajudaram a desenvolver uma nova estratégia contra o paludismo, através de tratamento em massa e um sistema de prevenção e tratamento nos níveis nacionais, distritais e comunitários que será implementada no arquipélago.
Segundo a embaixadora, estas medidas “já conquistaram sucessos notáveis em várias comunidades epidémicas”.
“A china está sempre disposta a trabalhar em conjunto com a parte são-tomense para implementar firmemente essa nova estratégia anti paludismo e ajudar a atingir o objetivo de alcançar a meta de eliminação definitiva do paludismo o mais cedo possível”, disse Xu Yingzhen.
A ministra da Saúde e Direito da Mulher de São Tomé e Príncipe enalteceu o simbolismo da entrega considerando que “o país está há algum tempo na luta contra o paludismo”, sem alcançar a meta preconizada de eliminação da doença.
Angela Costa agradeceu a equipa chinesa, que desde 2017 “estão na linha da frente” com os técnicos são-tomense para cumprir os objetivos de erradicar o paludismo e apelou à população à aderir ao processo permitindo aos técnicos aplicar os produtos nas residências a fim de cumprir os objetivos programados.
“Nós não podemos fracassar desta vez”, sublinhou a ministra realçando que existem outros países que aplicaram o mesmo método de combate ao paludismo e tiveram sucessos.
Segundo o diretor do Centro Nacional de Endemias, Bonifácio Sousa a nova estratégia deverá começar a ser implementada a partir da primeira quinzena de outubro.
Sem avançar dados exatos, Bonifácio Sousa disse que “no primeiro semestre houve registo de aumento de casos” de paludismo no país, mas neste momento há uma tendência de redução significativa, uma vez que regista-se a época seca.