China pune 350 funcionários em caso de venda ilegal de vacinas 14 de Abril de 2016 Mais de 350 funcionários chineses foram despromovidos ou afastados por negligência na sequência do desmantelamento de uma rede de venda ilegal de vacinas, no maior escândalo de saúde pública ocorrido na China nos últimos oito anos. O caso envolve o armazenamento sem condições, transporte e venda ilegal de vacinas – muitas fora de prazo – avaliadas em 570 milhões de yuan (78 milhões de euros), segundo a imprensa estatal. Na sequência do desmantelamento daquela rede, que operava desde 2011 em 24 províncias e cidades, entre as quais Pequim, a polícia chinesa deteve já 202 pessoas e abriu 192 processos criminais. Funcionários da Administração Estatal de Alimentação e Fármacos e da Comissão Nacional da Saúde e Planeamento Familiar chinês, assim como 17 autoridades locais «serão responsabilizados», segundo uma decisão do Conselho de Estado chinês. «A qualidade e segurança das vacinas estão relacionadas com a vida e saúde das pessoas, especialmente das crianças, sendo por isso uma linha vermelha que não pode ser ultrapassada», lê-se na decisão tomada após uma reunião presidida pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, citada pela “Lusa”. O escândalo «expôs uma supervisão negligente das vacinas e a inércia de alguns funcionários», acrescenta. Entre as vacinas vendidas, destaca-se as contra a poliomielite, raiva, garrotilho, encefalite ou hepatite B. Segundo a agência oficial chinesa “Xinhua”, a polícia está a investigar 29 companhias farmacêuticas por alegado envolvimento. O caso voltou a aumentar a preocupação entre a população chinesa para com a insegurança em vários setores, como o alimentar. |