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CHUC usa pacemaker que reduz mais de 70% o risco de infeções

19 de Janeiro de 2015

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) utilizou pela primeira vez, na sexta-feira, um dispositivo que reduz entre 70% e 89% o risco de infeções após o implante do pacemaker.

O novo pacemaker é «igual aos que se utilizam» normalmente no CHUC, sendo que «a novidade» está numa «espécie de casulo» que envolve o dispositivo, e que liberta antibióticos, o que reduz «o risco de infeções», disse à agência “Lusa” o diretor do Serviço de Cardiologia do centro hospitalar, Mariano Pego.

«É um avanço muito importante», considerou, referindo que as infeções após o implante do pacemaker são de difícil tratamento e que acarretam «despesas enormes», sendo necessário, por vezes, retirar o aparelho para se tratar a infeção.

Este novo dispositivo poderá ser utilizado, por agora, «em doentes com um sistema imunitário deficitário», em que os riscos de infeções são mais elevados, avançou Mariano Pego.

«Não vamos implantá-lo em todos os doentes, porque é um dispositivo mais caro», acrescentou, afirmando, no entanto, que «isso seria o ideal».
Segundo o diretor do serviço, o CHUC é «o primeiro hospital público» em Portugal a usar este tipo de dispositivo.

De momento, o CHUC implanta entre 700 a 800 pacemakers por ano, informou Mariano Pego.

Segundo a nota de imprensa enviada à agência “Lusa”, o «envelope antibacteriano ajuda ainda a estabilizar e a evitar migrações dos dispositivos médicos cardíacos implantáveis» e, após nove semanas, «o envelope é totalmente absorvido pelo corpo».