Cientistas acreditam que a reprogramação celular pode aumentar capacidade terapêutica 03 de novembro de 2014 São raras mas têm a capacidade de gerar todos os tipos de células do sangue. As células estaminais hematopoiéticas, provenientes do sangue do cordão umbilical e da medula óssea, são uma forma eficaz de tratamento de várias patologias, tais como leucemias, anemias aplásticas, linfomas, o vírus da imunodeficiência humana (VIH) ou imunodeficiências genéticas. Ainda assim, e apesar dos avanços científicos, nem sempre é possível encontrar uma fonte saudável de tecido dador compatível. «O problema da incompatibilidade poderia ser superado se fosse possível fornecer uma fonte ilimitada e renovável de células estaminais hematopoiéticas funcionais, de uma variedade de origens genéticas, para ser usado em vez daquelas adquiridas dos tecidos primários, tais como o sangue da medula óssea e o cordão umbilical», explicou Carlos Filipe Pereira, investigador auxiliar do Centro Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra. Para tentar dar resposta a este desafio, um grupo de cientistas, do qual faz parte Carlos Filipe Pereira, está a estudar a utilização da reprogramação celular para converter as células da pele (fibroblastos) em células estaminais hematopoiéticas, avançou o “Correio da Manhã”. «Identificamos quatro proteínas que, quando induzidas em fibroblastos de ratinho, são capazes de gerar células semelhantes a células estaminais hematopoiéticas. Também iniciámos estudos a partir de fibroblastos da derme humana e estamos a testar a função destas células após transplantação», acrescentou o cientista. No futuro, esta poderá ser uma preciosa e ilimitada fonte de células para terapia e correção genética. |