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Cientistas americanos desenvolvem nova técnica para o diagnóstico de Alzheimer

21 de Julho de 2016

Uma equipa de cientistas dos Estados Unidas desenvolveu uma técnica de imagiologia no cérebro que será aplicada a doenças como o Alzheimer, segundo a edição de ontem da “Science Translational Medicine”.

Os resultados da investigação, realizada na Universidade de Yale, em Connecticut, concluíram que através desta técnica será possível diagnosticar distúrbios e doenças cerebrais comuns, não só no caso de Alzheimer como noutras doenças neuro-degenerativas e epilepsia.

A novidade desta técnica é a análise aprofundada das sinapses, isto é, a transmissão dos impulsos nervosos que até então só poderiam ser analisados numa autópsia.

«Esta é a primeira vez que temos medidas de densidade sináptica em seres vivos. Até então as medidas da densidade de sinapses eram postmortem», explicou o professor de radiologia e biomedicina que Richard Carson que liderou a investigação.

Através deste método é possível conhecer o número de sinapses e a sua densidade em cérebro vivos, sendo possível obter muita informação sobre os transtornos cerebrais.

Esta técnica é uma combinação entre a bioquímica e o exame de imagem conhecido como tomografia por emissão de pósitrons (PET), o mais utilizado nos dias de hoje para a doença de Alzheimer.

Desta forma, foi desenvolvido um composto químico que injetado no paciente atua como um marcador radioativo desenhando uma trajetória das reações que ocorrem no cérebro.

Através do exame de diagnóstico PET, os cientistas coletam a “trajetória” que depois decifram através de cálculos matemáticos.

A técnica já foi testada em primatas e em seres humanos, e em ambos os casos foi provada a sua efetividade.

As aplicações potenciais desta investigação são muitas, principalmente para o Alzheimer, uma doença neuro-degenerativa progressiva que se caracteriza pela perda de memória, da fala, controlo emocional e a capacidade de raciocinar e tomar decisões lógicas.