29 de Julho de 2015 Uma investigação desenvolvida por uma equipa de cientistas da Universidade de Oviedo, Espanha, e publicada, na segunda-feira, na revista “Nature Cell Biology”, permitiu aumentar a esperança média de vida em 65% nos ratos de laboratório.
Tudo graças a duas moléculas experimentais (epz-5676 y epz-4777) que, atualmente, já estão a ser testadas em seres humanos no tratamento da leucemia mielóide crónica, noticiou o “Jornal de Notícias”.
Ao diário espanhol “El Mundo”, o investigador Fernando Garcia Osório explicou que o objetivo desta investigação é prolongar a esperança média de vida a quem sofre de doenças associadas ao envelhecimento prematuro, atualmente sem cura.
Para esta investigação, a equipa dirigida pelo catedrático Carlos López-Otín – que se debruça há vários anos sobre este tema – utilizou ratos desenhados especificamente para o efeito, cuja longevidade é de apenas quatro meses, ao contrário dos três anos de vida dos seus pares, o que permitiu chegar a conclusões mais rapidamente.
Os investigadores centraram-se no processo de reprogramação celular verificado nos ratos com envelhecimento precoce e identificaram uma alteração molecular devido à proteína DOT1L. Esta demonstrou ter a capacidade de regular vários genes e bloquear a formação de células iPS (células-tronco pluripotentes). Após esta verificação, a equipa encontrou forma de inibir essa ação e aplicou as molécula experimentais.
«A superação desta barreira, através dos inibidores de DOT1L, permite-nos reprogramar ou rejuvenescer, até um estado quase embrionário e de forma muito eficiente, células de pacientes com envelhecimento acelerado e de pessoas saudáveis com mais de 90 anos», explica López-Otín.
«Acreditamos que os ratos são um bom modelo para estas doenças em humanos, devido às suas semelhanças, pelo que, em teoria, poderiam fazer-se ensaios clínicos», explica.
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