Cinco médicos cubanos atenuam falta de 21 médicos no Médio Tejo 17 de setembro de 2014 Cinco médicos cubanos começam a trabalhar esta semana no Agrupamento de Centro de Saúde (ACES) do Médio Tejo, informou ontem, a diretora do ACES, considerando que se trata de um reforço que vem atenuar a falta de médicos. Em declarações à agência “Lusa”, a diretora executiva do ACES Médio Tejo, Sofia Theriaga, disse que o agrupamento «tem hoje cerca de 40.400 utentes sem médico de família», num universo de 235 mil utentes e que são necessários de 21 profissionais médicos. «Com a chegada dos cinco médicos cubanos ainda necessitamos de cerca de 16 profissionais médicos», frisou, tendo adiantado que os médicos de família «têm contrato para exercer funções no ACES Médio Tejo por um período de dois anos, renovável por mais um ano». A diretora disse ainda que os médicos são colocados esta semana nas unidades com mais carência de profissionais, sendo que dois deles vão exercer no centro de saúde de Abrantes, que tem hoje 14.880 utentes inscritos sem médico de família, uma médica para Sardoal, hoje com 3.500 utentes sem médico de família, uma outra médica para Tomar, que regista 3.100 utentes sem médico de família, e uma outra para Ourém, cuja realidade atual é de 7.200 utentes sem médico de família. A diretora do ACES Médio Tejo disse também ter solicitado a colaboração dos municípios de Abrantes, Sardoal, Tomar e Ourém para assegurar alojamento a estes médicos, tendo destacado a «pronta colaboração» dos autarcas. Em nota de imprensa, a Câmara Municipal de Abrantes refere ter disponibilizado «de forma provisória» o edifício da nova Residência Artística onde os dois profissionais médicos vão ficar «temporariamente» alojados. Entretanto, e na última reunião do executivo, a presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque (PS), afirmou «lamentar» que o ministério da Saúde «esteja a passar o ónus» para a Câmara relativamente a uma «responsabilidade que compete ao Estado Central no âmbito do recrutamento de médicos estrangeiros». A autarca referiu, no entanto, que a Câmara Municipal «disponibiliza-se para fazer parte da solução e para contribuir para atenuar a situação da falta de médicos de família» no concelho de Abrantes, que atinge cerca de 40% dos utentes sem profissionais de saúde de proximidade. O ACES Médio Tejo é constituído pelos concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha. |