O Campus Neurológico Sénior (CNS) vai promover no dia 26 de setembro, pelas 16 horas, uma videoconferência aberta chamada “Uma doença que está à vista de todos mas ainda pouco diagnosticada”, no âmbito do mês da sensibilização para a distonia.
O evento exclusivamente online consiste numa conversa entre especialistas, doentes e familiares para uma melhor compreensão da patologia que afeta cerca de cinco milhares de portugueses mas tem sido subdiagnosticada devido à desvalorização de sintomas.
A conferência pretende ainda explorar o que é a distonia através de uma conversa informal, bem como as suas causas tratamentos e o impacto do diagnóstico no meio familiar e social.
Para Patrícia Pita Lobo, neurologista do CNS, “a promoção de diálogo sobre a distonia é fundamental. Falamos de doentes com uma qualidade de vida inferior, com limitações em diversos aspetos gerais de saúde quer ao nível funcional, físico, social e psicológico. E, a este cenário, juntamos as responsabilidades financeiras o que, por vezes, implica que os doentes e os prestadores de cuidados podem ter que parar a terapia, que os doentes podem estar altamente incapacitados ou que possam estar numa cadeira de rodas e requerer um apoio significativo e variado por parte dos prestadores de cuidados de saúde”.
Através da interação e testemunhos reais de doentes e familiares, esta videoconferência, procura expor que, apesar de não ser uma patologia neurológica frequente é fundamental que doentes e cuidadores estejam informados e que se possam organizar para partilhar informação, promover um diagnóstico precoce e encontrar ajuda entre pares.
Segundo a moderadora da conversa, Anabela Valadas, neurologista do CNS, “a distonia é um distúrbio neurológico dos movimentos, caracterizado por contrações involuntárias dos músculos. Estas contrações obrigam certas partes do corpo a executar movimentos repetitivos de torção ou a permanecerem em posições dolorosas. O que, por sua vez, leva a que os indivíduos com distonia sofram de contrações musculares involuntárias anormais que podem muitas vezes interferir com as suas atividades diárias como dormir, caminhar, falar, comer, entre outras”.