Comparticipação da vacina que previne as doenças provocadas pela bactéria pneumococo sobe para 37%
18 de janeiro de 2018 A comparticipação do Estado da vacina que previne as doenças provocadas pela bactéria pneumococo subiu de 15% para 37%, o que agrada ao Movimento Doentes pela Vacinação (MDV), para quem a medida vai melhorar a saúde pública. Esta vacina, que previne doenças como a pneumonia, a meningite, a otite e a septicemia, é gratuita para todas as crianças nascidas desde 01 de janeiro de 2015, no âmbito do Programa Nacional de Vacinação (PNV). Além destas crianças, recebem gratuitamente a vacina os adultos com doenças crónicas e considerados de alto risco, nomeadamente os portadores do vírus VIH e de certas doenças pulmonares obstrutivas, além do cancro do pulmão. No caso de crianças e adultos não abrangidos, o Estado comparticipava em 15% a aquisição da vacina nas farmácias, mas desde 9 de janeiro que essa comparticipação subiu para 37%, segundo fonte do organismo que regula o setor do medicamento (INFARMED). Para o MDV, este aumento da comparticipação é «um importante contributo para a melhoria da saúde pública» em Portugal, onde «a pneumonia mata, diariamente, uma média de 23 pessoas». A fundadora do MDV considera que, «além dos benefícios práticos, como a melhoria do acesso, o aumento da comparticipação da vacina reconhece o seu valor e reforça o seu papel fundamental na promoção da saúde pública». «Fazemos da sensibilização da população, das autoridades e dos profissionais de saúde a nossa bandeira. Com o alargamento da comparticipação, aumenta também o número de pessoas que poderão beneficiar desta vacina. E quem mais vai beneficiar serão, sem dúvida, os grupos de risco, para quem já está indicada pela Direção-Geral da Saúde», adiantou citada pela “Lusa”. A Vacina Pneumocócica Conjugada está indicada para todas as faixas etárias e, para além da pneumonia (forma mais comum na idade adulta), previne doenças graves como a meningite ou a septicemia. |