No 12.º primeiro episódio do podcast Conferência de Líderes, os líderes Miguel Rovisco de Andrade, Diretor-Geral da A. Menarini, Nelson Pires, Diretor-Geral da Jaba Recordati e Paulo Teixeira, Diretor Geral da Pfizer Portugal, reuniram-se, pela segunda vez, para discutir a Indústria Farmacêutica em Portugal.
No episódio intitulado ‘IF em Portugal II – Vai ficar tudo bem…’, moderado por Paulo Silva, diretor da revista Marketing Farmacêutico, os líderes deixam algumas ideias para que, efetivamente, possa vir a ‘ficar tudo bem’.
Ecossistema de saúde fantástico, precisa-se!
Há países de dimensão semelhante a Portugal que conseguiram criar um ecossistema na área da saúde fantástico”, declara Paulo Teixeira, dando como exemplo o caso da Irlanda, dos países nórdicos, da Bélgica ou da Áustria. Porém, como defendeu, “é necessário que exista vontade política acima de tudo, que se olhe verdadeiramente de uma forma estratégica para este setor e que se aposte nele, que foi o que esses países fizeram”.
O papel de cada país no bloco europeu
Nelson Pires defende que se deve pensar, “no nosso bloco europeu, o que cada país pode fazer. Provavelmente Portugal não pode fazer grandes lotes em produção em escala”. Mas, em contrapartida, “pode fazer investigação clínica”.
Deste modo, se “atribuirmos um papel a cada um dos países, ou, pelo menos, estrategicamente, prioridades, de forma organizada”, estes “podem se situar, posicionar e começar a investir, como a Irlanda fez e bem”.
O Diretor-Geral da Jaba Recordati lembra ainda que, no caso da Irlanda, “não foi só do ponto de vista fiscal” que houve uma reorganização; um dos pontos fundamentais “é o seu sistema de educação. Ou seja, a Irlanda, antes de preparar um modelo fiscal atrativo para as empresas, criou quadros para poder atrair o capital e ter recursos humanos para cada uma das empresas e Portugal tem de fazer o mesmo”.
Passar à ação
Miguel Rovisco de Andrade assume que não acredita “muito nas economias planeadas e por isso tenho uma visão diferente” da de Nelson Pires.
Assim sendo, defende que “devemos deixar que haja uma competitividade real” e, neste ponto, argumenta que “quase todos os quadrantes partidários (…) acham que deve ser feito um pacto de regime, mas não o fazem. Quando vamos falar para a Europa, a Europa também diz que isto tem de mudar, que temos de começar a ser mais estratégicos e depois não se faz (…), ou seja, todos dizemos que sim, ninguém diz que não, mas depois nada acontece”.
Não obstante, para o Diretor-Geral da A. Menarini, “as sociedades, quando não conseguem fazer revoluções, começam a morrer”, sendo que não se consegue fazer uma mudança na Europa porque “há sistemas que nos impedem que haja uma grande alteração da forma de fazer, de trabalhar e de perceber”.
Descubra o que os líderes têm mais a dizer sobre este assunto.
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Conferência de Líderes é uma série de episódios do MF Talks – O Podcast, uma iniciativa da Revista MARKETING FARMACÊUTICO. Este episódio tem o patrocínio da PharmaPlanet.