De acordo com a previsão avançada pelo Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR), da Associação Nacional das Farmácias (ANF), a 11 de dezembro de 2019, o pico da gripe em Portugal ocorreu na primeira semana deste ano.
Segundo o Despertador de Farmácias, o surto epidémico foi, na maioria do território, de grau 3 (moderado), semelhante ao do ano passado.
“A partir dos dados estatísticos relativos à procura de medicamentos e produtos de saúde para infeções respiratórias, conseguem antecipar a evolução da epidemia em duas semanas”, indica o relatório.
Aliás, segundo o mesmo, a “epidemia nota-se primeiro nas farmácias e depois nos serviços de saúde”, sejam nas urgências hospitalares, seja nos cuidados primários.
«Esperamos ter contribuído para melhorar a planificação e diminuir o impacto da gripe nos serviços de saúde, assim como para reforçar as atitudes preventivas da população quando isso era mais necessário», explicou António Teixeira Rodrigues, diretor do CEFAR, em comunicado divulgado.
“A epidemia iniciou-se com maior intensidade em Lisboa e Algarve, e também na região Norte. Atingido o pico, podemos dizer que os distritos em que se verificou maior atividade gripal foram Faro, Braga e Vila Real», indicou Peter Heudtlass, investigador do CEFAR, no mesmo documento.
«Atualmente, a atividade gripal está a decrescer em todos os distritos de Portugal continental e também na Madeira. Nos Açores, a atividade gripal ainda não está a decrescer, mas mantém-se baixa», sublinha Peter Heudtlass.
Para Humberto Martins, diretor para a área profissional da ANF, “o objetivo das farmácias é colaborar com as autoridades de saúde nos grandes objetivos de Saúde Pública. No caso da gripe, o primeiro alerta só é possível a partir dos nossos sistemas de informação”.