O Conselho Europeu de Investigação, atribui bolsas a quatro cientistas portugueses, no valor total de 600 mil euros, por projetos ligados à eletrónica sustentável, ao cancro e à engenharia de tecidos.
O anúncio foi feito pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, através de comunicado.
Os cientistas Elvira Fortunato, Cecília Roque (ambas da Universidade Nova de Lisboa), Manuela Gomes (Universidade do Minho) e João Barata (Universidade de Lisboa) foram os distinguidos com uma bolsa de prova de conceito no valor unitário de 150 mil euros.
Os cientistas “deverão utilizar o financiamento para passar da teoria à prática: perceber a viabilidade dos conceitos científicos em desenvolvimento, assim como explorar oportunidades de negócio ou preparar candidaturas de patente”, refere em comunicado a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, onde Elvira Fortunato e Cecília Roque trabalham e lecionam.
Elvira Fortunato, vice-reitora da Universidade Nova de Lisboa e diretora do Centro de Investigação de Materiais, lidera um projeto que visa “reduzir o lixo eletrónico”, evitando o recurso a “materiais metálicos escassos e não ecológicos” e a processos de fabrico “dispendiosos, poluentes e demorados”.
Cecília Roque, investigadora do Laboratório de Engenharia Biomolecular da Unidade de Ciências Biomoleculares Aplicadas, coordena um projeto que pretende “avaliar a viabilidade tecnológica e de negócio de um método de vigilância do cancro da bexiga não invasivo, rápido e de baixo custo”.
João Barata, que lidera o laboratório de Sinalização em Cancro no Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, da Universidade de Lisboa, concorreu com um trabalho sobre uma terapia genética para a leucemia linfoblástica aguda de células T, um tipo de cancro do sangue.
Manuela Gomes, que trabalha no Instituto de Investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos da Universidade do Minho, obteve a bolsa europeia com um projeto que visa recriar a estrutura fibrilar dos tecidos humanos, com possível aplicação na medicina regenerativa.
O Conselho Europeu de Investigação é um organismo da União Europeia que financia a investigação científica, nomeadamente através de bolsas. Os quatro portugueses estão entre os 166 investigadores europeus contemplados com estas bolsas, que totalizam 24,9 milhões de euros.