No passado dia 7 de novembro, o Observatório Português de Canábis Medicinal (OPCM), através de comunicado, divulgou a noticia de que a bactéria E. coli foi detetada num suplemento alimentar à venda nas farmácias como produto à base de canábis com propriedades terapêuticas.
Relativamente à noticia, que pode consultar aqui, vem a empresa LABIALFARMA, laboratório fabricante deste produto esclarecer:
ASSUNTO: Contra-análise do suplemento alimentar CANNABIS, da marca Biocêutica, prova a inexistência da bactéria Escherichia coli (E. coli), conforme havia sido divulgado pelo OPCM – OBSERVATÓRIO PORTUGUÊS DE CANÁBIS MEDICINAL.
No seguimento das notícias avançadas pela Agência Lusa, no dia 5 de novembro, relativamente à alegada presença da bactéria E. Coli no suplemento alimentar CANNABIS, da marca Biocêutica, a LABIALFARMA, enquanto laboratório fabricante deste produto, repudia completamente as afirmações da Sra. Presidente do OPCM e informa que as contra-análises realizadas ao produto demonstram a inexistência da bactéria Escherichia coli (E. coli).
No comunicado divulgado por inúmeros órgãos de comunicação social, foi dito que o OPCM, no âmbito de um protocolo com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa “tinha mandado” analisar o óleo no interior das cápsulas do suplemento CANNABIS, tendo sido alegadamente detetada a presença da bactéria E. Coli. Deste modo, a LABIALFARMA vem, em nome da responsabilidade, do compromisso com a qualidade e do respeito pelos nossos clientes e colaboradores, repor a verdade dos factos.
O produto CANNABIS tem o estatuto legal de Suplemento Alimentar, de acordo com o Decreto-Lei nº 136/2013, de 28 de junho, que define os suplementos alimentares como géneros alimentícios e não como medicamentos. O produto CANNABIS é constituído por óleo de sementes de cannabis sativa, de acordo com os requisitos previstos no Regulamento nº2015/2283, e a sua comercialização foi devidamente notificada à DGAV – Direção Geral de Alimentação e Veterinária, sendo falso que que esteja a ser vendido como tendo “propriedades terapêuticas”, conforme se pode comprovar através da consulta da respetiva embalagem.
O Laboratório LABIALFARMA, onde o produto CANNABIS é produzido, possui a certificação GMP- Boas Práticas de Fabrico e tem implementado um Sistema de Qualidade suportado pelas normas ISO 9001, ISO 14001, ISO 13485 e HACCP. Com efeito, durante o processo de fabrico, o Produto é sujeito a vários controlos de qualidade que se iniciam com a seleção de fornecedores de matérias-primas qualificados, passando por controlos analíticos (IPC) durante todas as fases do processo de produção, sendo o Produto apenas disponibilizado para o mercado depois de efetuado um rigoroso Controlo de Qualidade físico-químico e microbiológico, em conformidade com as especificações estabelecidas.
Consequentemente, em nenhuma das fases de produção do produto CANNABIS foi detetada a presença da bactéria E. coli, conforme atestam todas as análises realizadas no nosso laboratório durante esse processo. Não obstante, após as afirmações da alegada contaminação, a LABIALFARMA, juntamente com o nosso cliente Biocêutica, solicitou, prontamente, uma contra-análise do produto em três laboratórios, nacionais e internacionais, devidamente certificados/ acreditados. Os resultados destas análises confirmam a ausência da bactéria E. coli em todas as amostras analisadas.
Deste modo, torna-se óbvio que as afirmações feitas no comunicado do OPCM são manifestamente falsas e fica evidenciada a inexistência da bactéria E. coli no Suplemento Alimentar CANNABIS, da marca Biocêutica, fabricado nos laboratórios LABIALFARMA.
Importa também referir que não cabe ao OPCM a responsabilidade de controlo de suplementos alimentares, uma vez que se trata apenas de uma associação privada que prossegue os interesses dos seus associados e órgãos dirigentes e cujos verdadeiros intuitos não são conhecidos. Nesse sentido, o comunicado do OPCM, no dia 5 de novembro, consiste num conjunto de incorreções e falsidades, lesivas a vários níveis da imagem e do bom nome da Biocêutica e, por conseguinte, dos Laboratórios LABIALFARMA, que repudiamos de forma veemente, mantendo o voto de qualidade e confiança que os consumidores depositam nos produtos que fabricamos.
Posto isto, informamos que a Biocêutica já endereçou um comunicado ao OPCM a solicitar que a verdade seja publicamente reestabelecida, o qual poderá ser consultado nos documentos que enviamos anexos.