Coordenador do grupo de trabalho diz que presidente do INFARMED «faltou à verdade»
18 de julho de 2018 O coordenador do grupo de trabalho criado para estudar a deslocalização do INFARMED para o Porto afirmou ontem à “Lusa” que as declarações da presidente do instituto foram «extremamente infelizes» e com «falta de verdade». «Foram declarações extremamente infelizes e com falta de verdade», disse Henrique Luz Rodrigues à agência “Lusa”, que se escusou a prestar mais esclarecimentos. Ouvida ontem na comissão parlamentar de Saúde, a propósito de uma eventual deslocalização da autoridade do medicamento português de Lisboa para o Porto, anunciada pelo ministro da Saúde, Maria do Céu Machado deixou críticas a um relatório pedido pelo Governo, que considerou superficial e opinativo. Ontem, no parlamento, a responsável do INFARMED criticou duramente o documento, disse não entender os benefícios da deslocalização e alertou para perigos para a saúde pública, para custos e para perda de credibilidade do INFARMED e de Portugal. O presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos classificou de «egocêntricas e autistas» as declarações da presidente do INFARMED sobre a deslocalização da instituição para o Porto e assegurou que tal não terá «nenhum impacto». «Mudar o INFARMED para o Porto é possível, não traz impacto nenhum ao funcionamento», garantiu António Araújo, depois de a presidente da instituição ter afirmado que uma eventual deslocalização da autoridade do medicamento português de Lisboa para o Porto pode ser uma «ameaça à saúde pública» em Portugal e também no mundo. «O INFARMED e a presidente portaram-se menos bem relativamente à comissão de avaliação da deslocalização para o Porto. Cederam os dados [para o relatório] após muita pressão. Tentaram obstaculizar o relatório», replicou António Araújo, considerando «superficiais e opinativas» as críticas de Maria do Céu Machado. |