A Costa do Marfim iniciou, esta segunda-feira, a primeira campanha de vacinação contra a malária, num país onde quatro pessoas, das quais três crianças com menos de cinco anos, morrem diariamente com esta doença.
A nação africana incluiu o medicamento antipalúdico no calendário de vacinação das crianças, após ter recebido 656.600 doses, no final de junho, de soro R21/Matrix-M desenvolvido pela empresa Serum Institute of India (SII) e recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Quatro doses devem ser administradas gratuitamente aos seis, oito, nove e 15 meses de idade.
“Esta decisão marca um progresso significativo na proteção das nossas crianças contra esta doença”, afirmou, na segunda-feira, o ministro da Saúde, Higiene Pública e Cobertura Universal de Saúde, Pierre Dimba, citado pela Lusa.
“Na Costa do Marfim, embora o número de pessoas que morrem de malária tenha diminuído significativamente, a incidência aumentou na população em geral e também nas crianças com menos de cinco anos”, referiu a representante da OMS no país, Fatim Tall.
Em 2022, a malária matou mais de 600.000 pessoas em todo o mundo, 95% das quais em África, 80% das quais crianças com menos de cinco anos, segundo a OMS.
O Gana, a Nigéria, o Burkina Faso e a República Centro-Africana estão entre os países que já autorizaram a vacina R21. Outros países, como os Camarões, iniciaram a vacinação em grande escala.
Todavia, a vacina não é suficiente para erradicar a doença.
No âmbito da sua política preventiva, o Governo da Costa do Marfim também distribui redes mosquiteiras, pulveriza inseticidas e pede à população que mantenha o seu ambiente limpo.