De acordo com o Jornal de Notícias (JN), em 35% dos municípios portugueses não há farmácias a fazer testes rápidos comparticipados pelo Estado.
Segundo o diário, não há nenhum distrito do país com todos os municípios com pelo menos uma farmácia a fazer estes testes.
O distrito de Beja (o maior do país em área) só tem uma farmácia, em Odemira, a fazer os quatro testes mensais 100% comparticipados pelo Estado. Em Bragança, dos 12 concelhos do distrito, há cinco sem testes gratuitos e em Castelo Branco só três dos 11 concelhos têm esta oferta. No Algarve, Faro tem dez dos 16 municípios sem testes. A Guarda tem seis dos seus 14 concelhos sem oferta e Portalegre nove, num total de 15 municípios. Em Viana do Castelo só metade dos dez concelhos oferece os testes grátis. Lisboa, Porto, Braga e Coimbra têm mais soluções, todavia, abaixo da procura.
Segundo o portal do Infarmed, esta sexta-feira, dia 3 de dezembro, havia 681 farmácias e 181 laboratórios a fazer os chamados testes TRAg comparticipados.
Com as novas regras da situação de calamidade, que entraram em vigor na quarta-feira, a procura por testes que permitam obter um certificado de testagem disparou.
A pressão vem dos grandes jogos de futebol, cujo acesso implica a realização de um teste PCR ou de antigénio. É assim em Lisboa, com o dérbi desta sexta-feira, entre o SL Benfica e o Sporting CP, situação que se deverá repetir no Porto na próxima semana, com o FC Porto a receber o Atlético de Madrid, na terça-feira.