A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) e Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC) emitiram um comunicado conjunto a pedir uma avaliação científica para clarificar se as máscaras comunitárias continuam ou não a ser eficazes face às novas estirpes do SARS-CoV-2.
Este comunicado surge na sequência das noticias vindas a público de que alguns países equacionam decretar o uso obrigatório de máscaras FFP2 na via pública, face à maior capacidade de transmissão das novas estirpes.
Sobre este assunto a ministra da Saúde, Marta Temido, indicou que de momento “não há ainda recomendações adicionais” da parte do Centro Europeu de Controlo de Doenças.
As duas associações têxteis sublinham que até ao aparecimento das novas estirpes, “as máscaras têxteis foram utilizadas por milhões de pessoas, tendo demonstrado serem capazes de as proteger adequadamente”.
A ATP e a ANIVEC explicam que as máscaras FFP2 têm um requisito de filtragem igual ou superior a 94%, enquanto as FFP3 ficam acima de 98%. No que respeita às máscaras têxteis, as de nível 3 filtram acima de 70% e as de nível 2 acima de 90%.
“As máscaras de nível 2 têm um nível de eficácia de retenção de partículas ao mesmo nível das cirúrgicas, pelo que qualquer discriminação relativa às máscaras de nível 2 não tem nenhuma razão sustentada cientificamente”, sublinham.
“Na situação atual, em que existem novas estripes do SARS-CoV-2, com maior capacidade de contágio, será necessário fazer uma avaliação científica, que clarifique se as máscaras de nível 3 deixaram de ser eficazes”, concluem.