Dados de testes avançados de um estudo efetuado nos Estados Unidos indicam que a vacina da AstraZeneca tem uma eficácia de 79% contra o novo coronavírus, anunciou a empresa.
Apesar de a vacina da AstraZeneca ter sido autorizada em mais de 50 países, ainda não foi admitida nos Estados Unidos.
A investigação que foi realizada em território norte-americano envolveu 30 mil voluntários.
Uma parte destes voluntários foi inoculada com a vacina AstraZeneca contra a covid-19 e os restantes com um composto inócuo.
Segundo o comunicado divulgado pela empresa, os investigadores envolvidos no estudo referem que a vacina é eficaz em “pessoas de todas as idades”, incluindo idosos, contrariando pesquisas anteriores efetuadas por outros países junto de pessoas com idades mais avançadas.
Os dados agora comunicados vão ser submetidos à apreciação do Food and Drug Administration (FDA), organismo norte-americano que vai decidir, ou não, o uso da vacina nos Estados Unidos.
Os cientistas aguardavam os resultados da pesquisa norte-americana, que acreditam poder vir a esclarecer de forma definitiva a confusão sobre a eficácia do uso do composto desenvolvido pela AstraZeneca.
As autoridades britânicas autorizaram a vacina com base em resultados parciais dos testes realizados no Reino Unido, Brasil e África do Sul que sugeriram que a vacina tem uma eficácia de 70%.
De acordo com o fabricante, citado pela Associated Press, os resultados foram afetados por um erro de fabrico que levou alguns participantes nos testes a receberem apenas meia dose, na primeira toma, uma falha que os investigadores não detetaram inicialmente.
Posteriormente foi lançada a discussão sobre a proteção eficaz da vacina em idosos, assim como o período de tempo necessários entre a primeira e a segunda toma.
Alguns países europeus, como a Alemanha, França e Bélgica, começaram a inocular pessoas mais idosas, mas acabaram por inverter o processo após novas informações sobre a suposta ineficácia do composto em pessoas mais velhas.
Na semana passada, mais de uma dezena de países, sobretudo na Europa, suspenderam o uso da vacina AstraZeneca após notícias sobre supostas ligações da vacina com casos de trombose.
Na quinta-feira passada, a Agência Europeia do Medicamento concluiu, após pesquisas científicas, que a vacina não faz aumentar os riscos de trombose, mas não pode concluir se está relacionada com dois casos raros de trombose.
Na sexta-feira, após a comunicação da Agência Europeia do Medicamento, os países europeus retomaram o uso da vacina, tendo vários políticos tomado posições públicas sobre a segurança do composto desenvolvido pela AstraZeneca.