A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos alertou para a falta de farmacêuticos que os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) têm. Segundo Ana Paula Martins, os hospitais necessitam entre 200 e 250 profissionais desta área, que desempenham “funções determinantes” como a vacinação contra a covid-19.
“Temos vindo a defender que precisamos de cerca de 200 a 250 farmacêuticos nos hospitais”, afirmou Ana Paula Martins.
As declarações foram proferidas durante a sua audição na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19 e do processo de recuperação económica e social.
Segundo a bastonária, os farmacêuticos desempenham funções “absolutamente determinantes” nos hospitais portugueses, “sobretudo nas últimas semanas, relativamente à vacinação contra a covid-19”, e alertou os deputados para a “enorme necessidade de ter uma política para as profissões, no âmbito do SNS”.
Ana Paula Martins aproveitou para indicar que sem a abertura da carreira farmacêutica o SNS não terá condições para recrutar farmacêuticos.
“Justiça seja feita ao Governo que aprovou uma carreira que há 20 anos os farmacêuticos lutaram para ter, mas, da mesma forma que a aprovou em 2017, a verdade é que estamos em 2021 e a residência farmacêutica ainda não abriu”, acrescentando que sem a abertura desta carreira, o SNS não terá condições para recrutar estes profissionais, uma situação que se agrava tendo em conta a necessidade de substituição de recursos humanos, devido às saídas que se verificam no SNS.
A bastonária indicou ainda que “o sistema privado tem já a aplicação da respetiva carreira nos grandes grupos hospitalares e por alguma razão o fazem”.