Covid-19: BioNTech aumenta produção da vacina para responder à procura na UE 575

A BioNTech, parceira da Pfizer na vacina contra a covid-19, anunciou que vai aumentar a produção para cobrir as necessidades dos países da União Europeia (EU).

De acordo com uma entrevista de Ugur Sahin, CEO da BioNTech, à revista Der Spiegel, a escassez existente da vacina na UE deve-se à política de compras desta instituição, que foi mais lenta do que em outras partes do mundo.

“O processo na Europa não foi tão rápido e direto quanto em outros países e isso deve-se, também, ao facto da UE não ter autorizado pedidos diretos, caso contrário os países também teriam tido a sua oportunidade. Numa negociação em que se requer um anúncio claro, isso é algo que pode demorar algum tempo”, afirmou Ugur Sahin à Der Spiegel.

“Havia a ideia de que surgiriam muitas outras empresas com vacinas. Aparentemente, havia a impressão de que haveria o suficiente e que as coisas não seriam graves”, acrescentou.

Segundo Sahin, isso determinou que houvesse escassez porque “faltam outras vacinas autorizadas” e terá de ser a BioNTech “a preencher esse vazio”.

Na mesma entrevista, a diretora médica da BioNTech, Ózlem Türeci, afirmou que o aumento da produção não é fácil pois “não existem no planeta fábricas especializadas que possam produzir da noite para o dia com a qualidade necessária”.

A esperança da BioNTech é a nova fabrica em Marburg, no centro da Alemanha, que pode produzir 250 milhões de doses no primeiro semestre de 2021.

A BioNTech entretanto já acordou com cinco fabricantes na Europa a produção da vacina e está a negociar novos contratos, para responder a esta necessidade de produção