Com o apoio da Shakti Sustainable Energy Foundation, especialistas da Universidade de Birmingham e da Heriot-Watt University, em Edimburgo, começaram a investigar um mecanismo de entrega eficiente e sustentável, de uma eventual vacina covid-19, potencialmente sensível à temperatura, a biliões de pessoas em todo o mundo.
Isto porque segundo a Aliança Global para Vacinas e Imunização apenas 10% dos serviços de saúde nos países mais pobres do mundo têm um fornecimento confiável de eletricidade, enquanto em alguns países menos de 5% dos centros de saúde possuem geladeiras qualificadas para vacinas.
“Com uma vacina para a covid-19, que é sensível à temperatura, será necessária uma rápida imunização em massa, manter uma cadeia de frio contínua para transportar e entregar rapidamente as vacinas a todas as comunidades, muitas onde a infraestrutura de suprimento e refrigeração de eletricidade geralmente não existe ou não é confiável”, explicou Toby Peters, professor da Universidade de Birmingham, em comunicado divulgado.
A pesquisa na Índia, liderada pelo Center for Environment Education, e apoiada por parceiros comerciais como Zanotti (parte do Daikin Group), Sure Chill e Nexleaf Analytics, começou a pesquisa abordando uma série de perguntas que serão essenciais para resolver o enigma da cadeia de frio, tais como: algum país possui infraestrutura, recursos e capacidade de planejamento para atender à demanda de imunização com covid-19, enquanto ainda atende às necessidades atuais de vacinas e quais são os requisitos de financiamento de infraestrutura de curto e longo prazo para criar um sistema tão eficiente de administração de vacinas.
Enquanto isso, os cientistas da Universidade de Birmingham e da Universidade Heriot-Watt trabalham com os homólogos indianos do Center for Environment Education e MP Ensystems para explorar como os ‘Community Cooling Hubs’ podem integrar cadeias frias alimentares a outros serviços dependentes do frio, como saúde comunitária instalações, instalações sociais e até serviços de emergência.
“Podemos levar de 12 a 18 meses para projetar um sistema de distribuição robusto e eficiente para garantir que qualquer vacina para o covid-19 possa atingir a população mundial, seja eles estão em áreas rurais ou urbanas remotas”, explicou o professor Phil Greening, do Centro de Transporte Rodoviário Sustentável da Universidade Heriot-Watt, na nota difundida.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que decido à quebra da cadeia de frio, haja mais de 1,5 milhão de mortes em todo o mundo por doenças evitáveis por vacina todos os anos. A OMS acrescenta ainda que mais de 25% de algumas vacinas são desperdiçadas todos os anos por causa do controle de temperatura e falha na logística.