A Comissão Europeia indicou que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) poderá dar uma primeira autorização comercial às vacinas para a covid-19 desenvolvidas pela BioNTech e Pfizer e pela Moderna na segunda metade de dezembro.
“A EMA diz-nos que a autorização condicional de mercado – que é ainda uma de fase muito inicial – pode acontecer já na segunda metade de dezembro, se tudo correr sem qualquer problema”, declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa conferência de imprensa, em Bruxelas, após um Conselho Europeu por videoconferência sobre a pandemia de covid-19.
A presidente da Comissão Europeia indicou que todas as vacinas “vão ser avaliadas rigorosamente pela EMA antes de serem autorizadas” na União Europeia (UE), nomeadamente as cinco que o executivo comunitário já contratualizou com várias farmacêuticas.
“Claro que, de início, receberemos apenas poucas doses e as maiores só surgirão depois”, recordou Ursula von der Leyen, notando que os países têm de “ter isso em mente” nos planos de vacinação para a covid-19, em que vão definir os grupos prioritários a vacinar.
“A recomendação é de vacinar primeiro trabalhadores do setor da saúde e outros essenciais, os idosos, pessoas com outras doenças associadas”, explicou a responsável.
Até ao momento, a Comissão Europeia já assinou cinco contratos para assegurar vacinas para a Europa quando estas se revelarem eficazes e seguras: a AstraZeneca (300 milhões de doses), a Sanofi-GSK (300 milhões), Johnson & Johnson (200 milhões) e BioNTech e Pfizer (300 milhões) e a CureVac (405 milhões).
A presidente da Comissão Europeia explicou que “este portefólio é importante porque abrange quatro diferentes tecnologias e é possível que diferentes vacinas sejam mais adequadas para diferentes camadas da população”.
Ursula von der Leyen indicou ainda que está previsto que as vacinas asseguradas pela Comissão Europeia sejam disponibilizadas ao mesmo tempo para todos os Estados-membros da UE, sendo que a quantidade atribuída a cada será baseada na população.