Macau vai limitar a partir desta quinta-feira a compra de medicação nas farmácias do território, que enfrenta o maior surto de covid-19 desde o início da pandemia, anunciou o Instituto para a Supervisão e Administração Farmacêutica (ISAF).
“Existe ainda a pressão de fornecimento em relação aos medicamentos compostos para gripes e constipações, antitússicos e expetorantes, e atualmente acontece também nas regiões vizinhas a situação de fornecimento apertado dos medicamentos”, pode ler-se num comunicado divulgado pelo ISAF e citado pela Lusa.
Por isso, continuou o instituto, atendendo “à evolução da procura de alguns medicamentos e produtos antiepidémicos no mercado” e de forma a melhor responder às necessidades da população, o organismo estabeleceu, com efeito imediato, restrições à aquisição de medicamentos.
É permitida, assim, “a cada compra” a aquisição de uma caixa ou frasco de analgésicos e antipiréticos, de uma caixa ou frasco de medicamentos antigripais, de uma caixa ou frasco de medicamentos para a tosse e de dez doses de testes rápidos de antigénio (RAT).
Macau, que à semelhança do interior da China seguia a política ‘zero covid’, apostando em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas, anunciou recentemente o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, após quase três anos das rigorosas restrições.
No fim de semana, o ISAF já tinha apontado que Macau e as regiões vizinhas enfrentavam a falta de medicamentos e de produtos antiepidémicos, alertado para as farmácias comunitárias “não elevarem os preços à toa ao aprovisionar medicamentos” e produtos antiepidémicos e sugerindo medidas de limite de compra destes bens, para responder à procura.